Garagem do Amílcar

O blog do Amílcar Filhoses, o Profeta do Agrotuning

19 dezembro 2007

Post de despedida


"Adeus até um dia, tenho pena mas não posso mais ficar

Adeus até um dia, pode ser que nos voltemos a encontrar"
Tony Carreira


É à passagem do segundo aniversário deste blog que dou por terminado o seu período de existência. Há alturas em que não faz mais sentido continuar. E esta é definitivamente uma delas. Comecei a escrever aqui por gosto. Era algo descomprometido que me dava gozo. Porém, nos últimos tempos esse mesmo gozo tem-se vindo a desvanecer por motivos vários. Não sei se tal se deve à pressão de o actualizar se à necessidade de arrancar com outros projectos que me digam mais neste momento. Sei que este é o momento de abandonar as lides do tuning agrário e de partir rumo a novos horizontes. Pesca recreativa? Criação de chinchilas em viveiro? Quem sabe...

Neste momento de despedida aproveito para fazer um balanço do que foi este blog. Este blog nunca pretendeu ser mais que um sítio onde colocava aquilo que me ia saindo; uma espécie de saco aberto à comunidade blogger onde expunha os meus devaneios mais ou menos engraçados (fica ao critério de cada um), quase sempre bastante aparvalhados. Nunca pretendi levar este blog demasiado a sério. Procurei antes nele uma motivação extra para desenvolver a minha escrita no campo do humor. De facto, quando olho para trás, para os meus primeiros posts, noto que houve, sem sombra de dúvidas, uma tremenda evolução. Quando comecei nem as bases do texto humorístico conhecia e tal tornava-se por demais evidente na forma algo naive como abordava os textos. Porém, acho que, com o tempo, fui percebendo melhor os mecanismos e que acabei por deixar de lado o estilo "Fernando Rocha". Contudo, se me perguntarem se atingi um nível que me satisfaça a resposta será inegavelmente "não". E é no fundo esta minha insatisfação que me leva a abandonar este site e a procurar num tempo próximo um novo projecto que me estimule a melhorar.

Feitas as bacôcas considerações da praxe despeço-me de vós com um sentido xi coração. Este nunca foi um grande blog. Mas foi o meu blog e não deixo de sentir um apertozinho por o deixar. Tenho sempre a sensação que vou dar a chave da minha pequena cidade ao Santana Lopes. Enfim, pode ser que sempre aqui venha a nascer um oásis...

28 novembro 2007

Bernardino interrogado em consequência de denúncia do líder da JP

Lisboa, 28 de Novembro de 2007

Segundo a edição de 26 de Novembro do DN, "o líder da Juventude Popular (JP) apontou o presidente do grupo parlamentar do PCP, Bernardino Soares, como um dos principais protagonistas dos "distúrbios revolucionários" do Verão Quente de 1975 - altura em que o deputado comunista tinha apenas quatro anos."

A polícia, perante as graves acusações resolveu proceder a investigações no terreno. No decurso de uma rusga a casa de Bernardino foram apreendidos diversos playmobil que, desconfia-se, iriam ser usados num atentado conjunto que visava Luísa Mesquita e a sempre elegante Zita Seabra. Foram ainda encontrados diversos Matutolas e papas Miluvit de calibre superior ao permitido por lei. Foram também confiscados diversos materiais propagandísticos, nos quais se incluiam cópias do episódio em que o Senhor André ensina o Poupas a apertar os atacadores e diversos autocolantes dos Motorratos.

Bernardino está a ser neste momento interrogado, esperando-se para breve um anúncio à comunicação social da medida de coação aplicada.

17 novembro 2007

Notícia de última hora

Piriquito de José Castelo Branco vai fazer implantes mamários. Espera-se a todo o momento a chegada de Dr. Dolittle para recolher as declarações de JCB.

Canídeos investem nas indústrias do botox e lipossucção

José Castelo Branco disse recentemente querer fazer um "lifting aos olhos, para levantar as pálpebras inferiores". Eu até daria esta afirmação de barato. Vindo isto de um ser que trepa aos guinchos o cenário desse grandioso programa que é o Contacto, eu quase poderia catalogar isto de normal. Não se referisse ele ao seu cão.
Parecendo que não, José Castelo Branco abre uma revolucionária página nos apêndices da imbecilidade crónica. Até à data, o mais longe que se fora no campo da estética animal estava relacionado com escovagens de pelo. O pessoal dava o banho ao canito, escovava-o e ficava-se por aí. Porém, José, inconformado, ousa ir mais além.
Há críticas a surgir de todo o lado. Eu cá sou mais brando. Que ele queira pôr o cão todo pimpão é lá com ele. Por mim tudo bem. Quando a Lili Caneças foi submetida a intervenção cirúrgica ninguém se insurgiu! É por ele ter mais pelo? Isso também se trata! É tempo de começarmos a ser coerentes. Se um qualquer acéfalo do jet-set pode ir à Corporación Dermoestética porque não pode também a minha chinchila pôr botox?

04 novembro 2007

Ideias peregrinas

Volta e meia surgem ideias peregrinas. Não por andarem de colete reflector dos monhés ou com borraças nos pés. Mas por serem ideias parvas que, por um motivo ou outro, alguém acha serem de excepcional inteligência. A ideia de os catraios irem passar a noite ao museu é uma delas. Não sei o que estava na cabeça da sumidade que se lembrou desta "aproximação do público mais jovem aos museus". Cabelo? É capaz. Açúcar mascavado? Tenho as minhas reservas. Agora parvoíce estava lá de certeza. E de certeza que em quantidades acima das recomendáveis...
Não sei quanto a vocês, mas eu, quando era mais pequenito, se havia coisa que odiava era ir a museus. A partir da segunda meia-horita lá começavam as minhas pernas a fraquejar e pouco mais conseguiam fazer de mim que um belo objecto de arrasto. E pergunto-me: que nova raça é esta que decide ir dormir com T-Rexes e Pterodactilos?
Das duas uma. Ou eles fizeram das suas e os pais, à falta de objectos ligados à arte da sodoma, os decidiram castigar, ou têm progenitores demasiadamente sedentos da prática do amorrr. Não há muito que enganar. Ninguém manda para lá os filhos por bom comportamento! Não sei se já repararam no grotesco da situação, mas eles vão lá para fazer visitas à noite e para dormir! Se algum quer um leitinho morninho, quem lho dá? O patarata do guia? E se decidem urinar na cama? Quem paga o prejuízo de mudar os mármores?
Por isso suplico-vos. Imploro-vos. Deixem que os putos fiquem em casa à noite sim? Antes ficarem a ver pornografia que isto. Não deixem que a ideia pegue. Senão qualquer dia ainda põem os petizes a dormir nas escolas como estratégia de combate ao insucesso escolar...

26 outubro 2007

Parabenizações

Ao que parece isto fez 2 anos dia 14. Impressionante como alguém tem coragem para estar tanto tempo online com um blog tão orgulhosamente medíocre...

Ironias do destino

A Visão lançou hoje um dos seus exemplares mais entediantes de todo o sempre: uma edição toda ela dedicada à temática do ambiente. Pormenor curioso: é um especial de 252 páginas...

06 outubro 2007

Carrilho - a garçonette socialista

Uma entrevista da Bárbara Guimarães é sempre uma entrevista da Bárbara Guimarães. O que quer que isso queira dizer. Agora uma entrevista da Bárbara Guimarães onde se possa ler que esta gosta de ver o marido a limpar o pó é um furo. E é exactamente isso que podemos observar na nova Tv Guia.

"Nunca tive vocação para freira"
Estudou num colégio religioso, mas não se deixou seduzir. Percebe-se - gosta de amêijoas à Bulhão Pato, cartas de amor e de ver o marido a limpar o pó
in TvGuia


Assim começa a peculiar entrevista de Bárbara. E aqui o engraçado nem é o que a senhora diz. É mesmo a forma como a entrevista está posta. Vejamos. Eu aceito que a Barbara nunca tenha ido muito à bola com isso da religião. É algo de perfeitamente natural. Agora acontece que a normalidade é um conceito que a TvGuia não parece ter captado com grande propriedade. Eu não sei, mas ainda não percebi a incompatibilidade entre gostar de amêijoas à Bulhão Pato e ser religioso. Quando andava na catequese e me sentava naquelas pequeninas cadeirinhas de madeira para ler a palavra do Senhor as senhoras catequistas não me ensinavam destas coisas. Advertiam-me para os caminhos do mal, para fazer o bem, para perdoar, mas nunca falavam sobre obras gastronómicas consagradas ao Demo. E das duas uma: ou estas senhoras estavam lá por cunha, ou pura e simplesmente quem escreveu isto era aquilo a que comummente se designa por "parvo".
Quanto ao facto de ela gostar de ver o Carrilho a limpar o pó há apenas a registar a imagem do senhor, de avental, a limpar de rabinho empinado uma estante com o seu belo espanador de penas. Depois disto só rezo para que ele volte para a vida política activa. Com a vitória do Menezes e com a iminência da entrada do Santana no Parlamento só falta mesmo este senhor para fazer as delícias dos humoristas. Façam figas!


04 outubro 2007

Yeah! Agrotuning shall never die!

Cantinho Cultural



SONHADOR, SONHADOR

Podes dizer, podes chamar-me assim
Um sonhador que adormece sem ti
Pois não faz mal, cá vou andando
Perco a viver, mas sempre ganho sonhando

Podes-te rir e espalhar meu fracasso
Virar a cara quando por ti eu passo
Nada me faz, sabes porquê?
Fecho os meus olhos e és minha outra vez

REFRÃO:
Sonhador, sonhador mas ao menos a sonhar
Tenho amor, tenho amor que não tenho ao acordar
Sonhador, sonhador não me importa ser chamado
Se tenho amor, tenho amor que já não tenho acordado

Podes falar que já nada me dói
Porque a sonhar volto a ser um herói
E volto a ter tudo o que é teu
Pois nos meus sonhos quem manda sou eu






Esta não é para ser cantada. É para ser vivida.

03 outubro 2007

Eu sabia que fumar daquilo fazia mal...

Todos os humoristas, ou mesmo o Boinas, já devem ter falado sobre este assunto: falar espanhol soa a dobragem de filme alemão manhoso para maiores de dezoito, envolvendo senhoras desnudadas e homens em meias brancas de raquetes. É um facto. Agora, o que não se fala é que, dependendo da entoação que é conferida às frases, pode também soar a uma dobragem do Doraemon. E digo-vos isto por experiência própria. Estava eu muito bem no outro dia a cogitar, quando me aparece um senhor com óculos e reluzente careca que, no meio do seu discurso em português, começa a falar espanhol. E conforme ele começa a falar deixei de ver um senhor mais ou menos respeitável, para passar a ver o Nobita. Só voltei a cair em mim quando já estava abraçado ao senhor. Pelo tapinha, não me parece que ele tenha ficado incomodado. Agora eu já não posso dizer o mesmo.
E isto leva-me à terrível ideia de que esta língua foi muito provavelmente criada por um maquiavélico eremita que vive numa tendinha e que volta e meia urde planos demoníacos para levar o mundo ao colapso. Pronto. Foi isto. Era só esta ideia que queria dizer.
Mas falando em tendas. No outro dia fui a um rodízio de pizzas. E pensei: "Epá, vou levar aqueles gajos à falência. Vão ter de desistir. Já sei as manhas. É só um gajo pedir ananás e maminha e picanhinha da boa e ficar ali repimpadinho, que os gajos capitulam num ápice." Acontece que, apesar de todos os mitos urbanos acerca dos rodízios de pizza, as pizzas não têm maminha nem picanha. Nem os senhores cantam êxitos do forró ou os parabéns. Cantam Britney, Sam the Kid, Delfins, mas música está quieto. Em compensação têm a grande habilidade de despertar em nós o nosso lado mais jabardo. Pizza de chocolate. Que ideia é aquela? Opá, boa, pizza de gomas. Pizza com leite condensado. Pizza com solha frita e escalopes ao molho. Pessoal das pizzarias. Por eu ir ao rodízio não quer necessariamente dizer que eu tenha queimado por completo as minhas papilas gustativas, ok? Fica a atençãozinha.
E tudo isto para chegar ao ponto de ligação entre uma cabana e uma pizzaria. Estávamos nós a sair quando um amigo meu se virou para mim e disse: "epá, eu acredito mesmo que a Pizza Hut no início era mesmo um restaurante numa cabana". E eu sou levado a pensar da mesma forma. E não sendo numa tenda, quando muito foi numa kubata. É uma estrondosa história de sucesso. É mais ou menos o mesmo que as "Farturas da Sandra" ascenderem a poderosa multinacional.
Numa palavra, "inspirador". Noutra ainda, "espectacular". Melhor só mesmo este anúncio:




Ok, não é assim tão bom. O produto publicitado é estúpido. Mas pronto. Consegue juntar Marretas e Pizza Hut. O mais longe que fui foi com o Doraemon...

22 setembro 2007

Eu perder. Tu perder. Ele perder. Azar. Topo Gigio ser trafulhas

Hoje, em entrevista ao Expresso, Marques Mendes e Menezes colocaram-se mais uma vez em frente a frente. Das coisas mais bonitas que li, tenho a destacar uma frase de Marques Mendes, em que se assume “apostado em fazer rupturas”.

Ora, isto de fazer rupturas tem muito que se lhe diga. Primeiramente porque há rupturas e rupturas. E também porque dá azo a muita parvoíce. Concerteza não fui o único a ver nesta frase potencial para uma piada em que se questione a orientação sexual de Mendes. Agora, se esta frase já dá para algum sururu, é porque não viram a de Menezes.

Menezes admitiu hoje: “não sei conjugar o verbo perder”. O que é capaz de vir a ter a sua piada daqui a uns dias, quando, depois das eleições, tiver de falar para os media, naquele dialecto a que tão bem nos habituou: o troglodita. Esta lacuna gramatical de Menezes poderá vir a ter repercussões na sua imagem. Diversos comentadores políticos adiantam já o nome tribal que Menezes irá adoptar. O que reúne maior consenso é até à altura “Shamã Menezes, Toupeira de Shangri-la”. Acredita-se também que poderá vir a substituir o Professor Bambo, uma vez que Menezes se especializou recentemente em maus olhados, amarrações e magias negras.

Se o doutor Menezes por acaso estiver a ler isto, permita-me só que lhe dê uma ajudinha para aprender como conjugar o verbo “perder”. Talvez seja mais fácil começar com o verbo “respeitar”. Cá vai:

Eu respeito os direitos de autor

Tu respeitas os direitos de autor

Ele respeita os direitos de autor

Nós respeitamos os direitos de autor

Vós respeitais os direitos de autor

Eles respeitam os direitos de autor

Amanhã se tiver tempo passo por cá para o ajudar com o verbo “plagiar”.

21 setembro 2007

Find McCain

Embora isto da Maddie seja um caso interessante, quer do ponto de vista da atitude dos media perante o caso, quer pelo caso propriamente dito, a verdade é que já começa a saturar. E todo o circo mediático à volta daquilo já me faz trepar pelas paredes enquanto canto êxitos da colectânea de Caribe de 1998. Para cúmulo no outro dia decidi trazer umas batatas pré-fritas novas cá para casa.
O chato da situação é que agora, memso com um "i" de diferença nos nomes, sempre que me falam no caso da pequena McCann eu lembro-me de um bárbaro rapto executado por um estranho vilão, que anseia destruir uma família de batatas-pré-fritas de classe média, que se encontrava a passar férias cá em Portugal. E depois acabo por me emocionar, não é? É que isto é como ver o Nuno Eiró na televisão! Um pesadelo!
Quem faria isto a uma pequena batatinha? Quem? E onde andam os cães pisteiros? De certeza que já descongelaram a menina e a mandaram para o Reino das Caçadas Eternas!

Por isso imploro. Tragam a amarelinha de volta. Estão dois extemosos pais, que deixam os filhos com menos de seis anos e problemas para adormecer sozinhos em casa, enquanto vão jantar, sim?



p.s. - Talvez me tenha esticado com esta. Há coisas com que não se faz humor. Com a comida não se brinca...

10 setembro 2007

Quando contratarem um advogado, catalogado como "do diabo", confirmem se isso é ou não uma brincadeira...

Como se sabe, foi dito que o sangue que se encontrava no carro dos McCann pertencia a Maddie. A família para se defender já contratou o advogado que defendeu Pinochet. Para se defender, a família alegou também que Maddie se tinha aleijado na viagem. Só uma pergunta: é hábito em Inglaterra fazer viagens na bagageira?

09 setembro 2007

A tradição do 1º salário

Uma das coisas que mais me fascina, para além da crise do sector das furgonetas no Mali, é a tradição do primeiro salário. É que esta tradição é particularmente demente. Há os touros de morte, em que se matam touros por diversão. Há o banho do ano em que o pessoal vai no primeiro dia do ano tomar uma banhoca no mar. E há esta tradição que consiste em fazer gastos desnecessários e supérfluos, numa altura em que ainda não temos propriamente liberdade financeira para fazer as ditas “maluquices”.

Nunca cheguei muito bem a perceber a ideia de tudo isto. Esta atitude é tão inteligente como oferecer a alguém que foi operado ao ombro um jogo de dardos como prenda de melhoras. Está bem, é uma tradição, já entendi. Mas não deixa de ser estúpida por isso, ou deixa? Acompanhem o meu pensamento. Uma pessoa recebe o seu primeiro salário e pensa: “Olha, giro era mandar o salário para o galheiro e comprar um relógio que me dure a vida toda. Pelo sim pelo não, compra-se já o bicho e fica arrumado para o resto da vida. É como os crucifixos de ouro, mas sem o gadelhas ao pendurão.” Não faz sentido! Tudo isto para quê? Para poder dizer aos netos “Olha, vês este relógio aqui? Comprei-o com o meu primeiro salário. Para me recordar dos tempos em que era explorado”.

O problema nem é o relógio em si. É bem pior quando se emprega o primeiro salário em louceiros ou em trens de cozinha, variantes bem mais sinistras, diga-se de passagem. É o conceito. Quem terá inventado isto? De certeza que foi o mesmo gajo que se lembrou de associar ovos de chocolate à Páscoa. “Então, Páscoa… Páscoa, Páscoa… temos o Jesus que falece e depois diz que era a fingir. Temos um coelho que aprece não se sabe bem de onde… cá está. Coelho, ovo… de chocolate”.

É um facto: aceitamos tudo o que é tradição. Se alguém disser “Lá na minha aldeia tem-se por hábito comer bocadinhos de excremento de porco todas as últimas quintas de cada mês” é óbvio que vamos comentar que aquilo é no mínimo sinistro. Mas, se dissermos “Lá na minha aldeia é tradição comer bocadinhos de excremento de porco todas as últimas quintas de cada mês” o que vamos ouvir são comentários de “Ah, que giro, tão pitoresco. Temos de lá ir, Judite”.

Por isso apelo. Não se deixem levar por tudo o que é tradição. Está bem que não podemos ignorar o passado. Está bem que as tradições são estruturantes numa sociedade. Que sem elas não temos real identidade. Mas expliquem-me. Com estas tradições, para onde vamos nós?

08 setembro 2007

Ui, coisas diversas...

Lá para os lados da Grécia houve uns problemas com a meteorologia. Primeiro foi a maçada dos incêndios. Depois a chatice das inundações. Bem, aquilo está que não se pode.
O mais comum dos leitores está a esta hora a pensar: “maldito buraco na camada do ozono. Maldito. Se pudesse fazia já aqui o senhor Bush ratificar o Protocolo de Quioto. Esse bandido e outros.” A esses peço desde já que não sejais hipócritas. Garanto-vos: é muito mais aceitável deixar as fábricas dos Estados Unidos, coitadinhas, produzir caquinha do que gastar energia a ler coisas como “o piruças é homossexual” e “gosto muito é de sandes de trabulo”, frases que aliás escrevo com o intuito diabólico de levar o mundo à ruína, provocando gastos desnecessários de electricidade.
Se o leitor já aqui chegou, endosso desde já um sentido coração pelo seu total desrespeito pelo meio ambiente. Se for senhora considere ainda o tapinha. Não vá eu entrar em loucuras. Feitos o cumprimento e o aviso gostaria de chegar finalmente às duas linhas com algum conteúdo deste post. Tudo isto a que assistimos é obra de Zeus. Como é sabido, Zeus é o sócio 23 do AEK. Neste sentido, e perante a chibatada psicológica (chibatada não soa tão bem, mas tem o mérito de ser mais gráfico que chicotada, que pode mesmo ser interpretada mais numa de Sado-maso que numa de violência. Assim não há dúvidas. Quero mesmo dizer que apanhou das grandes) do Fernando Santos, o deus grego decidiu-se a provocar catástrofes várias. Só para que não haja qualquer hipótese de ele querer ir para o Peloponeso.
Como diz o ditado: “para grandes males, grandes remédios”.

Pronto, era só isto. Já acabou.

05 setembro 2007

Os gajos do jambé e parvoíces múltiplas

Tinha prometido a mim mesmo que não ia postar sobre a trapalhada dos transgénicos. Pelos vistos não adiantou de nada. Apenas adiou a minha posta.
Devo confessar. Adorei toda esta polémica sobre os transgénicos. Sou um aficcionado da histeria colectiva, que se há de fazer? De um lado os paranóicos que para marcarem posição se atiram ao milho biónico. Do outro gente tipo o Pacheco Pereira a inventar pesados insultos como "verdes-eufémios" nos seus blogs. Ora, tudo isto é muito bonito. Gritaria, ameaças e maçarocas pelo ar, enfim. Agora, essa não é a verdadeira questão.
Com isto do milho ceifado precocemente não se discutem realmente o que interessa. E o pessoal da blogosfera embarca. Ao Abrupto ainda dou o desconto, uma vez que tem o mérito de ter dado visibilidade aos Gato Fedorento. Agora aos outros... convenhamos...
Por isso vou hoje falar daquilo que todos têm ignorado: porque estão os (passe a expressão) "verde-eufémios" associados aos gajos do jambé. É isto que queremos saber. Como sabemos, o jambé é um instrumento que enferma de um grave problema. Não faz música. Faz barulho. E, apesar de estar associado a êxitos do caribe e do kizomba moderno, não deixa de ser altamente irritante. Para cúmulo, o consumo de massas elevou-o a baluarte de fixeza. "Vou para o Festival, Mikas. Levas o jambé?". É inevitável. Pitas + Festival de Verão = Chinfrineira dos diabos. E de quem é a culpa? Do jambé.
Se por um lado isto é irritante, por outro não deixa de ser incompreensível que associemos o jambé aos ecologistas que são contra a violência e contra a prepotência, mas que destroem milho porque não é de raça. (Isso do fazer mal é tudo uma desculpa, não venham com tretas. Mataram-no porque não tinham pedigree. E talvez porque foi o mais perto de fazer pirraça a alguém que já estiveram. "O que vamos fazer?" "Matar milho!") Por isso peço. Não os conotemos com o jambé. É parvinho. Eles nunca usariam aquilo. O tamborzinho tem pele de vaca! Já chega então? Boa.

Outra coisa que acho interessante é o facto de se defenderem a dizer que só deram cabo de 1 por cento da plantação do homem. Que foi um acto simbólico. Por isso perguntei ontem a um amigo meu, que defende a posição da Eufémia, se eu podia, num acto simbólico, destruir um por cento da casa dele. E ele respondeu que sim, que parte queria. Os alicerces, obviamente.

04 setembro 2007

Mimosa dos Prazeres, BI número 2837499

Segundo uma notícia do metro nº59, "as vacas das regiões entre a India e o Bangladesh vão passara ter Bilhete de Identidade (...) Para cumprir este projecto-piloto, milhares de agricultores estão a fazer bicha com os seus animais à porta dos fotógrafos locais".
Ora, toda esta questão do BI das vacas me desperta uma grande curiosidade. Qual foi a ideia do pessoal? Daqui a pouco até as chinchilas têm BI! E como vão eles ver se a vaca corresponde ou não ao BI? A única coisa em que elas se distinguem é na cor! Não deixa de ser bizarro para mim que continuem a investir nas fotos tipo-passe para elas. Invistamos numa de corpo-inteiro! Assim como assim, se é para ser pioneiro não há que haver mariquices.

Se tudo isto já enferma de elevado grau de demência, imaginemos agora um diálogo na loja do Cidadão, ou lá onde aquilo se tira:

Senhora - Número 57!

Agricultor - Ora boa tarde.

Senhora - Boa tarde. Diga...

Agricultor - Ora, eu vinha aqui tirar o BI para a minha Lolita.

Senhora - É a primeira vez?

Agricultor - É sim, minha senhora.

Senhora - Então advirto-o já que vai demorar mais um pouquinho, sim? É como dizem... a primeira vez é sempre mais complicada!

Agricultor - ...

Senhora - Bem, filiação.

Agricultor - Filha de Mimosa e de pai desconhecido.

Senhora - Desculpe?

Agricultor - Sim. Fugiu mal soube que a minha Mimosa estava grávida...

Senhora - Também não é de admirar. Não é muito habitual que as árvores engravidem!

Agricultor - ...

Senhora - Então... Mimosa e pai a monte, certo?

Agricultor - Certo.

Senhora - Nacionalidade?

Agricultor - Tem dupla nacionalidade. É indiana e dinamarquesa.

Senhora - Tudo bem... naturalidade?

Agricultor - Isso agora... diga que nasceu numa ambulância, que não sei bem ao certo.

Senhora - Vamos ver... já está... E data de nascimento?

Agricultor - 21/09/94

Senhora - Hmmm... a sua Lolita não tem essa idade...

Agricultor - Sabe, nós vivemos longe. Ela veio de bicicleta registar-se...

Senhora - E o nome é Lolita?

Agricultor - Sim, sim.

Senhora - Estou aqui a ver um problema... Lolita não está na nossa lista de nomes aceites.

Agricultor - Que maçada. Que nomes tem aí então?

Senhora - Cátia Vanessa. Carina Sofia...

Agricultor - Pode ser esse. Ande vá...

Senhora - E para assinar?

Agricultor - Isso é que já é mais difícil que ela só escreve a computador.

Senhora - Pronto, seja...

Agricultor - Assina aqui à senhora vá...

Senhora - gtgsejv, então?

Agricultor - Sim, correcto.

Senhora - Pronto, é só pôr aqui a patinha para a impressão digital e pode ir...

Agricultor - Linda menina!

Senhora - Pronto, agora é só vir cá daqui a uma semana com este papel para levantar o cartão, sim?

Agricultor - Pronto, muito obrigado.

Senhora - De nada, ora essa.

Agricultor - Anda, Lolita. Anda...

03 setembro 2007

Ora toca a assinar a petição

"É altura de mudar, estamos todos fartos de ouvir UHF no Estádio da Luz, há mais artistas a cantar, e bem, sobre o Benfica, é hora de lhes dar uma oportunidade. Por isso peço a todos os Benfiquistas e não só que divulguem esta petição por fóruns e blogs para que mais uma vez uma petição iniciada pelo Portal Pimba tenha sucesso. Já conseguimos levar o Leonel às festas académicas, conseguiremos levarAmadeu e Nel Monteiro (que tb está na petição) ao estádio da luz??? Está nas vossas mãos!"

in Portal Pimba

Bershka, contentores, cebolas e tractores

Desde a saída de Fernando Santos o Benfica parece ter embarcado numa de despesismos. Deu-lhes numa de adolescente histérica. Foram à loja de jogadores correspondente à Bershka e pumbas. Aquilo é que foi investir. Olha mais um Lulu! Mete no carrinho, Camacho!
Assim foi a política de compras do Benfica de Camacho. Não estou aqui a alvitrar sobre a qualidade dos jogadores. Não estou necessariamente a dizer que são tipo as camisolas que encolhem nas primeiras lavagens. Aliás, só se comete esse erro uma vez. Desde o Leo que mudaram de fornecedor. Agora o que me preocupa são as alcunhas deles. Por exemplo, do novo contentor dali da América vieram o Cebola e o Tractor. Por mais que joguem ninguém os leva a sério! "Ah, sou o Cebola porque faço os meus adversários chorar com as minhas fintas". Meu, vais jogar contra o Bruno Alves... contra o Tonel... contra o Ávalos... assim só por curiosidade, quem te parece ir chorar aquando da revienga? O outro pode ser Tractor, mas estes são verdadeiros bulldozers!
Outra coisa que me choca é a extrema fealdade do Tractor. Como é do conhecimento geral, o tractor é um veículo que se destingue pela volúpia, pela beleza. Pela sensualidade! A força é só um adereço. Fiquei chocado quando o vi em campo! Estava eu à espera de um modelo e sai-me aquele Zé Bostas. Será o tractor assim tão desprezado por esta sociedade? Terá porventura aquele gajo tracção às quatro que justifique tão grandioso epíteto?
Fica a pergunta...

02 setembro 2007

Família Superstar - a nova bomba de Carnaxide

Estreou hoje a nova aposta da Sic para a rentré. Apresentado pela Barbara Guimarães e pelo Nuno Eiró, este audacioso programa tem, para mim, tudo para ser o novo sucesso da estação de Carnaxide. Nunca se tinha ido tão longe. Nunca se tinha voado tão alto. Hoje fez-se História em Portugal. Mais um passo em frente para a História Mundial.
Quando no intervalo do Benfica passei os olhos por este programa houve logo algo que me prendeu a atenção. Nuno Eiró de seu nome, tertuliano de profissão. Vi, de facto, sopeiras e trogloditas, mas de Fátima nem sinal. Que dimensão seria aquela? Onde estava o Cláudio Ramos? E a taróloga/relações públicas/comentadora social do jet-set? E o Donaldin? O DONALDIN? QUE RAIO ERA FEITO DO DONALDIN? Subitamente, o plano mudou. Os Anjos apareceram. Afinal tudo não passara de um falso alarme... estávamos seguros.
Foi quando olhei para o Nelson que percebi que aquele não poderia ser o programa da Fati. Entrei em pânico. Estava, obviamente, a hiper-ventilar. Afinal o Família Superstar vir-se-ia a revelar um programa ao nível do de Fati. Senão vejamos. Há um gajo altamente efiminado à mesma. Não falamos de um efiminado qualquer. Estamos perante um efiminado de nível mundial, com tiques e trejeitos altamente irritantes e estridentes. Temos a Bárbara Guimarães, o que só por si já é outro ponto a favor. Temos o rigor e a isenção jornalística. Não é o Mário Crespo, é certo, (indisponível em cruzada contra os gajos do jambé que guerrilham contra o jugo opressivo das maçarocas biónicas) mas também tem muita qualidade. E, em substituição da Árvore das Patacas, temos choradeira e doses aviltantes de parvoíce.
Agora, o que há de realmente inovador neste programa é o seu conceito. O Família Superstar é um programa de entretenimento que procura membros de uma mesma família com dotes artísticos acima da média. À partida, isto seria tipo Ídolos. Porém, este programa vai mais longe. Desta vez temos a oportunidade de humilhar duas pessoas ao mesmo tempo! Melhor que porrada! É por isso que eu digo. A partir daqui, o céu é o limite.

15 agosto 2007

Num saltinho...

Não sei se já viram o novo anúncio da Mimosa acerca da campanha contra a osteoporose. Se não viram fica a observação: levar com um carrinho de compras em cheio no cotovelo dói como o catano. Pelo menos para o comum dos mortais. Por isso não sejam tolinhos e não digam à mulher que por isso "não passa!".

27 julho 2007

Tá forte tá!

Como já vem sendo hábito, hoje venho aqui na nobre missão de vos mostrar um filme que tem tanto de estúpido como de bombástico. Convosco, "Factor X" de Rui Pedro!!!



Para quem desconhece o cromo com o qual estamos a tratar, também vos deixo aqui um filme que é capaz de dar algumas luzes quanto à letra da música. Tenho dificuldade em perceber como há gente que se expõe assim ao ridículo, mas pronto, há que lhe dar o mérito de nos conseguir entreter.

17 julho 2007

A posta que se exigia

A qualidade dos vídeos, no post anterior exibidos, impelem-me a fazer uma aprofundada dissecação destes. Uma pérola é uma pérola e, como tal, há que reconhece-la e dar-lhe valor. Esta vem num glorioso par e consegue combinar As Tardes da Júlia com Wrestling Português. Para mais consegue juntar Axel, um cantor pimba fracassado, com um poderoso lutador de 16 anos, detentor de corpanzil de 70 kilos. Se isto não é um espectacular ponto de partida, não sei o que o é então...
O vídeo começa com uma imponente música, de autor desconhecido, mas de fácil catalogação. Situa-se algures entre um genérico do Pokémon com o seu "Vou apanhá-los todos, eu sei que vai ser assim" e um fortíssimo rock bimbalhão. "A vitória está na tua mão, ser o melhor, o vencedor, o campeão" é o mote para mais de 20 minutos de wrestling de nível internacional. Axel, a já referida triste figura, e Júlia, a nova estrela do panorama televisivo parolo da tarde, introduzem o "espetáculo" , apresentando primeiro a APW e depois o enconado árbitro David. A partir daqui tudo é magia.
Axel, brindando-nos com todo o seu génio, introduz o poderoso Jimmy Best, proveniente do Porto com 71 kilos. Jimmy Melhor surpeende pelo seu brutal porte atlético e pela sua entrada à símio, trepando sucessivas vezes às cordas, puxando por um público que cedo se revela entusiasta. "Um deus grego, pequenito, pequenito, pequenito", como é sabiamente descrito por Júlia, revela-se nas palavras de Axel como "o futuro do Wrestling português". Ora, tendo em conta que este rapaz perdeu o combate em cerca de um minuto, não será preciso muito para perceber que a partir daqui será sempre a descer. Não que estejamos num patamar elevado, mas é sempre possível piorar um bocadinho. Até aqui tudo bem. O rapaz pode ser um Deus grego com raquitismo e o futuro do wrestling português. (Se o Axel, que é o entendido, o diz, quem sou eu para o desdizer...) Agora todo este entusiasmo cai por terra com o "é o Benjamin português", proferido por Axel. Para quem não sabe, o Benjamin com o qual o rapaz com nome de jipe é comparado é esta besta:
Salvo improvável doença oftalmológica da minha parte, parece-me que este rapaz, não é lá muito parecido com o Jimmy Melhor. Primeiro, em termos de cara, não podemos encontrar grandes semelhanças. Talvez os sílios vibrateis se assemelhem, mas quanto ao resto não vejo muito mais. Depois o corte de cabelo. Também não pega... Para cúmulo o Shelton é aquilo que normalmente designo de "armário". Já o Jimmy nem por isso. É preciso não esquecer também o invejável bronze de Shelton que, mesmo que Jimmy se esforce, não me parece que consiga alguma vez alcançar. De facto, por muito que me esforce, não encontro outra semelhança que não a franca fealdade dos dois visados. Foi uma boa tentativa Axel, mas falhaste por pouco. Continuemos...
Feita a entrada do já devidamente massacrado Jimmy, surge Arte Gore. Ora, Arte Gore surge como um dos piores nomes possíveis para lutador. Parece surgido de um trocadilho manhoso com hardcore, inteligentemente conjugado, numa nítida manobra de marketing, com o nome do mediático antigo vice-presidente dos Estados Unidos. Assim, seria de esperar um lutador que estivesse algures entre um activista ecológico e um adepto do sado-maso. Porém, o que reparamos é que este senhor não é mais que uma imitação bem sopeira e com barriga de cerveja do Undertaker. Definido por Júlia como a "escuridão", este senhor espanca num ápice Jimmy e assim ganha o combate, de forma justa e rápida. Axel dá a vitória com o seu ridículo sininho e tudo acaba. Sem história. Até que Júlia se decide a apimbalhar ainda mais a sua imagem, intervindo no combate, dando valentes encontrões a Arte Gore. Para salvar Júlia de hipotética traulitada surge então Mad Dog que dá duas festas em Arte e assim o derruba. Júlia diz que "sempre quis ter um homem chamado cão raivosos atrás de mim" e, alucinada chega a chamá-lo de "meu campeão".
Para quem não sabe, Mad Dog não significa "cão raivoso". Significa parvoíce com kilt e cavas dos Metallica, numa clara imitação do Junkyard Dog. Porém, decidindo não ficar atrás, Axel acompanha a patacuada da colega de comentários e decide sair-se com uma daquelas piadas bem espirituosas: "ele ainda por cima tomou a vacina hoje". Ora, se ele foi hoje à pica, isso é algo que a mim, sério espectador, pouco me importa. Se o gajo se espumasse todo seria até, porventura, um belo efeito visual que despoletaria em mim sentimentos de êxtase e qui'ça de loucura. Agora, tendo ele tomado a vacina, perde-se muito. Primeiro espetacularidade. Segundo a hipótese de ver alguém a contorcer-se na televisão, como se possuído pelo demo estivesse. Assim o combate começa a perder interesse. Serão uns minutinhos de sofrimento atroz para o espectador, apenas quebrados com comentários do género de: "Wrestling em Portugal escreve-se APW" , "o público nada contente" e, lá créme de lá créme, "Mad Dod em muitos, maus, lençóis". Com isto se percebe que Axel, para além de não ser um talento musical, também pouco deve aos seus conhecimentos de português. E também que se comenta os combates é porque não há mais ninguém para o fazer. Aliás, veja-se o potencial de Júlia com os seus "cala-te barrigudo!" e "bem feito Arte Gore que é para não seres um bruto!". Sem dúvida que haveria motivos extra para ver os combates que não a patetice inerente aos lutadores.
Perto do fim, perante a pergunta de Júlia sobre o que significaria estar um homem preso nas cordas de cabeça para baixo, Axel atira com uma poderosa punchline dizendo que tal "significa que vai doer!!!", preparando-nos assim para o breve desfecho do combate, bem ridículo, como convém. Mad Dog ganha e torna-se campeão nacional com uma manobra de submissão. O público, uma mole humana constituída por índios de terceira-idade, da tribo da Grandiosa Águia do Mississipi, vai ao rubro e simula uma pequena loucura generalizada. Axel prepara o final da emissão, anunciando próximos combates da APW e Júlia, após chamar o rapaz que apanhou tareia, pede a Mad Dog que exprima um grunhido de vitória. Surgiu um espetacular "Uh, ganhei" com sotaque tripeiro, que marca o fim deste "momento histórico do wrestling nacional", que "marca uma nova era que começa na Tvi e que acaba no Montijo".


16 julho 2007

Opá, como posso eu não partilhar isto convosco?

Bons comentários, bom cenário, boa música, bons lutadores com grandiosas personagens, um árbitro também ele coninhas... amigos isto é a APW!!!


Apw - parte1
Colocado por xbooker


Apw parte2
Colocado por xbooker



Tanques Tino

10 julho 2007

O programa mais consistente da história da tv

Quando vemos um programa de humor procuramos o riso ou, simplesmente, boa disposição. Procuramos a surpresa e a inteligência e, acima de tudo, a imaginação. Ora, quando tal não acontece, costumamos apelidá-lo de "fracasso". Há muitos que se enquadram neste escalão, porém um ressalta mais à vista que todos os outros: estou obviamente a falar do "Sempre em Pé".
O "Sempre em Pé" é daqueles programas que consegue a proeza de não só poder ser, do princípio ao fim, completamente desprovido de qualquer grau de caticidade, como também estar no patamar negativo do humorismo. Ou seja, é daqueles programas que nos fazem olhar com pena e que nos deprimem pela sua escandalosa falta de qualidade.
O Boinas nunca foi, na minha opinião, grande humorista. No entanto há que reconhecer o seu mérito na condução de conversas agradáveis e bem dispostas. E foi neste aspecto que a Revolta dos Pastéis de Nata encontrou a sua tábua de salvação. Neste aspecto e na parceria com bons colaboradores (como é o caso do Jel). O Boinas não me parece ser de todo estúpido. Apenas me parece que não sabe distinguir o que tem ou não piada. É óbvio que não sou um expert na matéria. Muito longe disso. Contudo escandaliza-me que um profissional se revele tão deprimente e tão pouco selectivo.
No último programa do Sempre em Pé dignei-me a vê-lo do princípio ao fim, na ânsia de mudar a opinião que criara em torno deste programa. Cedo vi que era uma tarefa inglória. O Sindicato, grupo de humoristas que fazem stand-up, revelou-se altamente deprimente e deu o mote para um dos mais consistente programas a que assisti: mau do princípio ao fim.
Por tudo isto pergunto: não há ninguém que lhe diga que ele não tem piada? Não há quem lhe diga que os sketches que ele e os seus colaboradores fazem são de medíocre qualidade? E acima de tudo: não há quem os esclareça que aquilo é suposto ser um programa de humor?


Actualização (14 de Agosto de 2007)

Dignei-me a ver grande parte da temporada do Sempre em Pé, recentemente repetida na 2. De facto, a minha opinião quanto à qualidade do programa mantém-se. Apenas a destacar que, mesmo assim, houve dois ou três momentos protagonizados por alguns convidados que merecem destaque pela sua qualidade. Não gosto mesmo nada, mas dizer que é tudo mau também me parece algo excessivo. Fica a ressalva.

Para entreter...

Enquanto ando ocupado com outros projectos, deixo-vos com uma das melhores piadas que ouvi nos últimos tempos:

- O que é que tem 60 pernas e 3 dentes? A primeira fila de um concerto de Toni Carreira.

09 julho 2007

Com a mania das limpezas...




Telmo Correia começou as eleições com esta bonita acção, demonstrando vontade de pôr mãos ao trabalho e de limpar a cidade, numa acção a fazer lembrar uma "Batalha do Trigo", desta vez contra a praga dos "grafites". Agora, nos últimos dias, tem andado a distribuir pás e vassouras. Acreditem, não é uma piada. Por favor, alguém lhe explique que está a concorrer à Câmara de Lisboa e não à presidência da Lever.

30 junho 2007

Inconvenientes nas horas



Não aprende...

Já nas autárquicas anteriores tinha problemas com os parques de estacionamento...


27 junho 2007

A não perder

Hoje à noite vale a pena ver o Vai Tudo Abaixo. O Jel vai-se mitrar na campanha do PP para a Câmara de Lisboa. Hilariante.

24 junho 2007

Publicidades más? É fácil, é como encontrar um trevo na tromba de um elefante...

Olhando para os novos anúncios que teimam em surgir, afigura-se-me como cada vez mais premente uma tomada de atitude, que expresse a indignação resultante do visionamento destes. A minha passará pelo total repúdio das ditas cujas e pela escrita deste post. As vossas poderão envolver suicídios ou mesmo a oferta de serviços de limpeza à minha pessoa, que bem precisa, que esta casa anda uma lástima...
Indo ao que interessa:
No espaço de vá, pouco tempo, surgiram novas publicidades que me têm deixado perplexo devido à sua incomensurável falta de qualidade e também devido ao elevado teor de estupidez inerente. E, ao que parece, tal não aconteceu apenas comigo. Ora, com tanta gente no desemprego, o que leva os responsáveis das empressas a contratar os cromos responsáveis por aquilo? E o que leva os "criativos" a produzirem tamanha quantidade de cocó publicitário?

Vejamos os exemplos dos:
"Worten Sempre"
"Peruque sim"
"Benfiquipa-te"

A resposta talvez passe pela ingestão de elevadas substâncias tóxicas de venda e consumo ilícitas. Ou simplesmente pela incontrolável fome de trocadilhos parvos que façam o espectador agonizar até ao fim do dia, com aquela comichãozinha na cabeça, com o caraças da frase sempre ali a martelar-lhe a moleirinha. Sinceramente não sei. O que vos passa pela careca é algo de inexplicável. Peço-vos apenas que tenham piedade de nós. Vocês querem que compremos a porcaria dos produtos que vocês publicitam? Nós compramos! Mas por favor, tenham compaixão. Somos meros mortais...

Enquanto não me lembro de nada de jeito para postar...

20 junho 2007

Tcharam!

Infelizmente para muitos estou de volta. E nada melhor para retomar que a genialidade deste vídeo. Fiquem bem.


12 junho 2007

O estaminé está fechado para inventário

06 junho 2007

Não se esqueçam

É já amanhã a mega-conga contra a globalização. Aparece. Cumpre o teu dever cívico!

Os totems também têm sentimentos

Ser geek não é fácil. Para além de ser frustrante, na medida em que há sempre uma série de Sci-Fi ou de Manga para ver, é aborrecido. Não no sentido de ser algo chato passar um dia inteiro a ver Naruto ou a jogar pc, mas no sentido de estar sempre a ouvir as mesmas "piadas". E o que quero com isto dizer? Que o pessoal dito fixe não nasceu para gozar com coisas sérias.
As piadas do pessoal fixe são de frequente mau gosto e de qualidade muito duvidosa, para já não falar da latente falta de originalidade que as embebe. E pior, eles não tentam compreender esta cultura, nem que seja para melhor gozarem com ela. Vejamos, eu se fosse satânico, baptizava-me só para poder ser oficialmente hereje! Mas estes meninos não. Vêem uma pessoa com uma t-shirt do Trough the Dark Portal e dizem o quê? "Tu jogas wow? WOOW". Ou então: "opá diz aí ao marmanjo das armaduras para fazer uma Frost Nova". "Mas um paladino não faz Frost Novas...". "Então manda-lhe com um totem". Ora bem, isto é escandaloso. Todos sabemos que não há paladinos a fabricar totems!!! Da mesma forma que sabemos que a Microsoft não fabrica sistemas operativos de jeito. Adorava saber se também gostavam que vos dissessem que as vossas mães andavam a parir verduras variadas com particular tendência para os molhos de bróculos e chicória. Claro que não. Mas segundo o vosso prisma também era a mesma coisa!
Desta forma venho aqui em defesa da comunidade totémica reivindicar a aprovação de uma Carta Universal e Interplanetária dos Direitos do Totem, nos quais espero ver consagradas a dignidade e a sensibilidade destes. É hora de mudar mentalidades. É hora de os totems deixarem de ser os Carlos Castro do mundo geek. É hora de deixarem de ser gozados a torto e a direito! É hora!

05 junho 2007

Memórias de guerra

Hoje saiu um que artigo do Correio da Manhã que merece particular atenção. Podem vê-lo aqui.

Nota para as seguintes citações:

  • “Os combates eram duros e muito feios” - fazem com cada desfeita às pessoas... com franqueza! Vai um tipo lá para as Áfricas para ver disto? Está uma pessoa ali pronta para o glamouroso mundo da guerra e depois aparecem uns rebentos de meretrizes a disparar contra nós! Não se admite pá... (segundo o que conseguimos apurar esta citação não é de Carlos Castro, mas de Libânio Miquelina. Prometo não gozar com o nome)

  • "acabou-se com o ‘santuário da UPA’, onde os independentistas se consideravam inexpugnáveis, apesar de alguns aviões da Força Aérea Portuguesa irem de vez enquanto lá despejar uma bombas" - gosto da displicência do "despejar umas bombas". É um eufemismo de requintado valor linguístico que denota toda uma categoria, inalcansável ao comum dos mortais. Já agora, só há uma coisa que me faria dar por bem empregues estas bombas, sobranceiramente despejadas: a possibilidade de o santuário da UPA vender Nossas Senhoras fluorescentes.
  • "A partir de um morro rodeado de matas diabólicas, com as picadas que lá conduziam obstruídas por árvores e muitas valas" - ena pá... isto dava um filme do Stallone. Boa Libânio, ao que parece isto foi mesmo algo tipo Rambo. Hein, ali uma luta entre o homem e a Natureza sob o mando de Leviatã... sim senhoras!
  • "E o 96, do tenente-coronel Armando Maçanita" - AHAHAH... que nome tão brutal! Armando! AHAHAH.
  • “Quando chegámos à zona tivemos de intervir rápido porque descobrimos que eles estavam a tentar destruir a única ponte existente”, conta o alferes da 105. “Eles faziam grandes fogueiras com muitas árvores e ramos sobre o tabuleiro e depois baldeavam água por cima para estalarem com o cimento através do efeito da diferença de temperaturas. Foi um ataque difícil porque eles já tinham metralhadoras automáticas, além de canhangulos e bazucas" - Caramba pá... os outros marmelos também eram um bocado estúpidos não? Se têm bazucas por que raio andam a fazer o chamado banho turco ao tabuleiro da ponte?
  • "Os ataques inimigos aconteciam de dia e de noite, ao meio-dia e ao meio da tarde" - ás vezes também aconteciam a toda a hora. E outras a todo o momento.
  • "Além das metralhadoras, o canhangulo é que era a mais temível arma deles. Aquilo disparava uma carga com pregos e pedras que levava tudo à frente, enquanto uma bala fazia só um buraquinho a entrar e um maior à saída.” - cá está. O que é um tiro de metralhadora para o alferes Libânio? Isso só faz uns buraquinhos. Por amor da santa! Nós nascemos todos com pelo menos 5! Isto de ir à guerra é quase como furar a orelha...
  • "Morreu devido à queda do avião em que viajava juntamente com quase todo o seu Estado-Maior. Na lista dos 18 mortos no desastre no Chitado estão também um brigadeiro, quatro tenentes-coronéis, dois majores e dois capitães" - Morreu um brigadeiro? Fogo pá! Desperdiçar comida é que não!
  • "Valeu o pelotão de Engenharia, comandado pelo alferes Jorge Jardim Gonçalves: construiu jangadas e removeu árvores de grande porte para erguer pontes" - mas são putos ou quê? Jangadas?
  • "Em Angola, começou como comandante de Caçadores Especiais" - ok, este esquadrão é brutal. Há a artilharia, a cavalaria, paraquedistas, essas tretas todas. E depois temos gajos especializados em caçar perdizes.
  • "Os guerrilheiros da UPA, no Norte de Angola, emboscavam as tropas e, por vezes, atacavam em hordas, às centenas: enfrentavam as balas de peito aberto, armados de catanas, paus e canhangulos, alguns aos gritos de 'bala não mata'." - ok, nós não ganhámos por mérito. Foi só por eles serem mesmo parvos...

04 junho 2007

Agora que penso...

Por que razão é que a pena para homicídio e para tentativa de homicídio são diferentes? A intenção é reprovável na mesma dimensão. Isto é pura e simplesmente um prémio para azelhice...

01 junho 2007

Tractor Amarillo


Zapato Veloz

Tengo um tractor amarillo
que es lo que se lleva ahora
Tengo un tractor amarillo
porque ye la ultima moda

El tractorista responsable

En castellano!!! Mira esta bonita lección. Un consejo amigo de Amílcar, el profeta del tuning agrario



producción de Miguel Vazquez y Julio Peña

30 maio 2007

Greve à greve

Só uma coisa. Hoje falou-se bastante em greve. E pensei: se greve é a cessação voluntária de, por exemplo, trabalho, não seria mais lógico que greve de fome passasse por, em luta de um ideal, se comer que nem um alarve? Fica a questão...

29 maio 2007

Outra vez os preconceitos

Agora que todo o hype em volta do caso de Maddie começa a passar, parece-me ser a altura certa para, com calma, analisar algumas das informações fornecidas pela polícia, que visavam ajudar às investigações.
Uma das coisas que primeiramente se falou foi que o dito raptor da pequena teria ar de inglês. Estando nós no Algarve esta informação acaba por ser bastante útil. Logo à partida porque a raça do inglês, tantas vezes alvo de duras investidas racistas, é perfeitamente identificável. E depois porque, nesta região, de certeza não teremos mais que três ou quatro curiosos provenientes das terras de sua Majestade.
Esta tão preciosa informação é, no entanto, incomparavelmente menos importante que a que depois se lhe seguiu. Se já tinham apertado o cerco ao chutar para os bifes as responsabilidades de tal desumanidade, mais alta colocaram a pressão ao declararem que este estava vestido com gangas. Ora, todos sabemos que as gangas não fazem parte das tendências dominantes para esta estação. Para uma pessoa tão em cima da situação como parece ser o raptor de Maddie, não deixa de ser algo estranho que este tenha deixado escapar tal informação. Isto por um lado pode ser bom. Se anda mal vestido pode, com sorte, desmazelar-se e deixar-se apanhar. Vamos rezando! Por outro, não deixa de ser algo parvo. Não me parece que ele vá passar o resto da vida vestido com a roupa que usou para roubar a menina. Lá por ser ladrão não quer dizer que seja porco...

Pelo sim pelo não, aqui fica o retrato robot do raptor de Maddie

23 maio 2007

Notícia de última hora

Segundo pessoas bastante dotadas, no que toca à cognição e também à inteligência, os Gato Fedorento plagiaram o genérico do Diz que é uma Espécie de Magazine. Segundo uma mais atenta investigação da Garagem, tal prevaricação dos direitos de autor é também verificável no nome, escandalosamente parecido com o título do blog Diz que Disse e também com a Magazine Luísa, e nas indumentárias usadas por José Diogo Quintela, que ultimamente se tem parecido mais um sósia do Kapinha que um Gato.

Consta-me também que o cartaz que há uns tempos apareceu em Lisboa é algo semelhante a outro, de um afamado e coerente partido português, respeitador da liberdade e do direito à diferença.
Vejamos:

E agora o original...



Perante factos não há argumentos. Espero que vocês se redimam caros amigos. Isto não fica assim!!!


22 maio 2007

Fêmeas...

Hoje apercebi-me que, em cento e muitas postagens, cerca de zero falam daquilo que nos move realmente, para além dos nutrientes e, no caso dos tractores, do gasoil: falo, obviamente, das mulheres.
Ora bem, as fêmeas sempre foram uma espinha atravessada na minha carótida. Embora sempre tenha sido charmoso e pimpão, a verdade é que, na hora da verdade, nunca chegava a acontecer efectivamente alguma coisa. Então pensei: porquê? E é sobre isso que versarei hoje.
O porquê sempre se revestiu de elevado valor sentimental para mim. Esta palavra, dotada de altiva e canora melodia, formada pelas consoantes "quê de quá-quá", "pê" e "erre", delicadamente abraçadas num gesto fraterno pelas vogais, sempre foi o meu porto de abrigo em momentos de indecisão. E sempre foi a responsável pelas minhas divagações acerca do funcionamento da sociedade em que vivo e sobre o mundo em que me insiro. Para que serve isto tudo não sei. Mas mais uma vez fui suficientemente fixe para me escapar ao tema das mulheres. Delego esse tema para o Tino, o Freitas da MPA. Diz-se que ele é um galã...

19 maio 2007

O líder do PNR e a perspectiva cavaleira

Acabo de ler que o líder do PNR é professor de educação visual. AHAHAHAHAHAH. Qual vai ser a credibilidade de um professor de trabalhos manuais no meio de brutamontes armados em seguranças? E já agora: essa coisa das artes não é só para os aburguesados intelectualóides de esquerda e para os homossexuais?

13 maio 2007

Peregrino - a raça das borraças

Ora bem, os peregrinos são uma das raças que mais me fascinou desde pequeno. Nunca percebi bem porquê. Mas fascinavam-me e fascinam. E assim, neste 13 de Maio, que vivemos hoje em santa comunhão, apetece-me falar, sem qulaquer tipo de razão, sobre eles. Gostava também ainda de versar sobre o líder da oposição. E, se ainda desse tempo, do secretário-geral do PSD. Mas estes são capazes de ficar para a próxima.
O peregrino é um ser algo estranho, que deriva do ser humano com problemas relacionados com uma demência grave e também com a adição a suissinhos. O que leva este ser a percorrer tantos quilómetros para, simplesmente, chegar mais tarde a Fátima? E por que não aproveitam eles a rede de auto-transportes para se deslocarem? E, pior, qual o fascínio pelas borraças nos pés? É a estas e a muitas outras perguntas que aqui, na Garagem, vos tentarei responder.
A filosofia do peregrino prende-se somente com as ditas caminhadas. Para ele, a locomoção é o objectivo único das suas breves existências. Mas o que os faz caminhar? Segundo eles, é o seu amor a Nosso Senhor e, neste caso, a Nossa Senhora, que os move. E é exactamente esta devoção sem limites que não o do código da estrada que os distingue dos vulgos maluquinhos.
Quando indagados sobre a falta de lógica de tamanho ideal de vida, os peregrinos optam por responder que a Fé é algo que se tem ou não e que, como tal, não deve ser questionada. Porque, como sabemos, a Bíblia é soberana no que toca às caminhatas pelos itinerários principais do país e, assim sendo, não deve de modo algum ser alvo do achincalhamento público que está sempre por trás de toda e qualquer questão relacionada com os desígnios de Deus.
Outro dos factores que mais curiosidade me desperta nos peregrinos é o do colete reflector. Mesmo atrás do uso de meias com sandálias de borracha. Todo e qualquer peregrino, quando envergando o seu uniforme oficial, se sente embuído de um poder que os transcende. E que os faz passar incólumes a toda e qualquer regra cívica de circulação nas estradas. Vejamos: os peregrinos são atropelados. E o que dizem? O GAJO VINHA DOIDO!!! EU VINHA PELA DIREITA NA MINHA MÃO E VEM O GAJO LANÇADO E SOBE PELA MINHA FAIXA DE RODAGEM E PUMBAS!!! E EU TRAZIA O COLETE REFLECTOR!!! É invariável, não escapa. Muitos segredos nos reserva esta peça de vestuário que consegue congregar o fluoroscente com duas barras paralelas reflectoras. Mistérios da fé...
É por tudo isto que continuo a adorar os peregrinos, essa raça tão fofinha com a qual desejo ardentemente ter relações sexuais que envolvam super-pope limão e uma berma recôndita de uma qualquer estrada secundária. Chamem-me fetichista. Eu prefiro Amílcar.

09 maio 2007

Recordar é viver

O glorioso gang de Ranholas nos seus tempos áureos de divulgação da arte de bem tractorar

06 maio 2007

Sarkozy e Alberto João no mesmo dia?

Acho que vou vomitar...

Oh Yeah!

01 maio 2007

Momento do dia

Jornalista - Acha que Carmona Rodrigues tem condições para continuar à frente da Câmara de Lisboa?
Marques Mendes - Peço desculpa, mas hoje só falo do país.

O Tabernáculo da Fé

Amigos agrotuners, venho aqui dar-vos a conhecer a Igreja do Tabernáculo da Fé. Pode não ser reputada, mas que tem um nome porreiro tem. Parece que o pessoal vai para lá encharcar a vela. Aiai, a inebriante palavra de Deus...
Deixo-vos com umas bonitas imagens:


Como podemos constatar as pessoas são muito maduras
"Abram alas para o Noddy... no seu santificado carro amarelo, pópópó, abram alas para o Noddy... e leiam o Evangelho"


"Quem quer vinhaça ponha a mão no ar!"



Para finalizar cantemos um Grande acervo de Hinos para louvar a Deus com a tuna de Goiás e com a miss Pedregal!!!


  • Ai, como adoro Igrejas Adventistas...

30 abril 2007

Património da Alarvidade


Considerada uma das mais emblemáticas obras da zona circundante de Ventosa do Bairro, a rotunda Ti-Maria é hoje finalmente elevada a Património da Alarvidade, ao entrar no pátio da fama que é este glorioso estaminé, da minha muito humilde autoria.
Inaugurada no ano da graça de 2000, esta rotunda encerra em si toda uma aura difícil de descrever. Embuída de um misticismo quase sebastiânico, esta tem sido alvo de romagem de diversas tribos espíritas que aqui buscam o caminho para uma vida mais feliz e altruísta, baseada em mais fortes e enraizados valores humanistas, que lhes permitam aceder a uma existência transcendental neste mundo demasiado arreigado aos valores materiais.
Dedicada à excelsa Ti Maria, cuja identidade está ainda por averiguar, esta obra do planeamento urbanístico parece ser dedicada a todas aquelas pessoas simples e anónimas, cujo trabalho de uma vida urge reconhecer, por forma a evitar o negro esquecimento no qual caem após falecerem. Esta é uma obra dedicada a todas aquelas que fizeram da labuta um alto valor e que exaltaram o estoicismo com o seu valoroso trabalho. E a todas aquelas a quem cresciam fartas ramagens de sobreiro no busto.
Por isso aqui vos deixo com a imperial placa da rotunda consagrada a esse grande vulto da sociedade portuguesa e madeirense que é a Ti-Maria.

Porque recordar é viver...

29 abril 2007

Ya, que publicidade buedas da engraçada

Se alguém me explicar como se põem jantes nisto e como cabe um aileron no bolso agradeço. É no que dá pôr pessoal a falar sobre o que não sabe... Por isso, senhores criativos, vos digo: ide antes dedicar-vos à nobra arte da picotagem, sim?

27 abril 2007

A Sérvia está tramada com o Lex Luthor!

Hoje ouvi dizer que descobriram na Sérvia Kryptonyte. Sou sincero, não acredito. Quanto muito o que aconteceu foi isto:


Nerd - Olha, tu queres ver? (apontando para uma goma ursinho) Que é aquilo verde? Um troll não é porque eles são maiores... também não é uma courgette... então é KRYPTONYTE! UHUH! KRYPTONYTE! Vou já falar com o Krasnick que o gajo também parece ter vindo do espaço para ver se confere! (pondo o ursinho no bolso)

- Krasnick, então tudo? (dando-lhe uma lampreia na tomatada)



Krasnick - Epá, mas estás doido? Agora chegas-me aqui e dás-me uma solha nos tomates pá? Sinceramente!



Nerd - (Hmmm, ele está mesmo mais fraco... deve ser mesmo KRYPTONYTE! Vou ser venerado em todo o mundo e a minha fama superará a do Leeroy! epá, pronto... já pus o zézinho a bolsar... bonito!)



Krasnick - Que cena branca é essa que tens nas calças?



Nerd - Nada, nada. Deve ser mayonese. É que estive a comer salada russa. Olha lá. Voa!



Krasnick - Deves estar a brincar não?



Nerd- VOA VOA VOA VOA VOA VOA!!! (a espumar pela boca)



Krasnick- Não é para fazer birra nem nada está? É só que esta coisita da lesão ao nível da cervical e da cadeira de rodas não mo permitem. Sabes que era na boa man...



Nerd - (Não consegue voar, aleijou-se nos tomates... hmmm isto deve mesmo ser kryptonyte)



Krasnick - Olha lá. Vamos comer... estou a ficar com uma fraqueza...



Nerd - EU SABIA!!! É KRYPTONYTE!!! UHUHUH. KRYPTONYTE KRYPTONYTE KRYPTONYTE!!!

26 abril 2007

Agora que penso...

O Salazarismo não trouxe só coisas más. Afinal de contas o Eusébio acabou por ir para o Benfica...

25 abril 2007

Epá...

que raio de ideia fazer uma Revolução à quarta-feira... depois admiram-se que o pessoal assinale o dia a protestar contra os parquímetros do Fundão, esse grande tema da actualidade nacional...

24 abril 2007

São Boris Ieltsine

O Boris Ieltsine, conhecido por andar nos copos e por ter nome de cão, tem sido recentemente alvo de grandes homenagens. É neste momento quase um santo, diga-se. Tem sido apontado como o grande responsável pela dissolução do Comunismo na antiga URSS. Esqueçamos o Gorbachev, que esse ainda não morreu. Esqueçamos que Ieltsine é um dos grandes responsáveis pelo abissal fosso entre classes. Esqueçamos que é um dos grandes responsáveis pela corrupção na actual Rússia. Esqueçamos que ele se serviu do poder político para interesses pessoais. Esqueçamos que ele é responsável pela guerra na Chechénia. Ele é um herói. E sem dúvida que a mim e a vós nos falta ainda muito para o podermos vir a ser.

M.Sabe. estás aqui, na mamita esquerda



Um grande abraço ao "puto que manda os livros de psicologia do pai pela janela"

11 abril 2007

Mocas de néctar de pêra

Hoje o Johny Macarroni, com quem a Anita tem um fettuccine, teve de ir ao mecânico porque os fusillis do carro dele rebentaram.
É no que dá a produção em massa...

09 abril 2007

O agrotuning sou eu e és tu

Após a colocação no blog do vídeo acerca d”Os tractores do Maripá” fui confrontado com uma questão que parecia ameaçar aspectos estruturais deste (e mesmo do próprio agrotuning), como orientador e forma de expressão de uma comunidade que vive para o tractor. Tal prendia-se com a possível falta de legitimidade de, após a visualização deste filme, continuar a considerar o agrotuning como algo de inovador e da minha autoria. Assim, e quer para esclarecer o equívoco que se parece ter gerado, quer para melhor explicitar o conceito de agrotuning, proponho-me assim a elaborar a primeira teorização deste.

O conceito “agrotuning” é, em si, bastante recente e nasceu pela mão de Amílcar Filhoses, coadjuvado por alguns membros da Rinoceroulas Produções. Como o indica a própria palavra, agrotuning é o resultado da aglutinação das palavras tuning e agrário. Posto isto podemos desde já verificar que considerar este termo como tendo a mesma significância que tractor tuning é no mínimo redutor, na medida em que este último se imiscui na própria significância deste termo mais complexo e abrangente, que é, precisamente, o “agrotuning”, uma vez que engloba não só a vertente física do acto de kitar, mas também um sentimento de amor incondicional para com o seu veículo/alfaia.

Na realidade, não é de todo descabido que os leigos na matéria considerem tractor tuning e agrotuning como sinónimos, uma vez que a modificação dos componentes integrantes do tractor constitui a faceta mais significativa e mediatizada desta comunidade. No entanto, o rigor impõe-se e tais práticas devem ser abandonadas já que, ao compactuar com elas, se incorre no risco de subverter o real significado de agrotuning. É, em suma, devido a este tipo de imprecisões que este mesmo equívoco, gerado pelo vídeo acima referido, se deve.

“Agrotuning” deve pois ser correctamente interpretado como uma forma de vida dedicada à modificação dos diversos componentes de alfaias agrícolas, como por exemplo tractores, corta-relvas, entre outras. Estas modificações podem ter dois objectivos: melhorar (leia-se dar um toque pessoal) ao visual do objecto em questão, ou potenciar o desempenho/performance mecânica destes

Ora, a peça que está na génese desta infundada polémica reporta-nos ao local onde, indubitavelmente, nasceu o street racing de tractores. Porém, nada mais é referido no que toca ao “artilhar” dos respectivos veículos para uso diário. Assim, o Maripá acaba apenas por ter importância até certo ponto, na medida em que este caso específico acaba por apenas repercutir e dar eco da crescente importância do tractor na sociedade deste novo século. Não sendo eu um ser ensimesmado e autista é óbvio que a inspiração necessária para a criação deste termo não nasceu do vazio. E, apesar de desconhecer até há bem pouco tempo o caso específico do Maripá, é óbvio que criação do agrotuning se insere neste contexto acima referido, de emergente valorização do tractor e demais alfaias.

Salvaguardadas as devidas diferenças quero com isto reforçar a minha posição. O agrotuning é um conceito que exprime o sentimento e a prática de uma comunidade que vive para o tractor e que encontra nele a satisfação pessoal que procura. Neste sentido, considero este conceito, da minha autoria, único e inovador, nem que seja por ter permitido a esta comunidade a criação de um conceito à luz do qual se possam finalmente identificar e no qual vejam os seus valores e ideais de vida reflectidos.

05 abril 2007

Maripá, a capital do tractor

Aqui fica uma grande reportagem sobre "Os tractores do Maripá". Uma bela peça do jornalismo de informação, que aborda a importânica social do tractor nesta cidade e a vertente street racing do agrotuning.


04 abril 2007

Vim só aqui num pulinho


para vos dizer que o Clube de Futebol da Trafaria "tem equipamento da marca Sailev" e que, ao invés do que se especula, não "milita" no PCP, mas sim na 1ºDivisão Distrital da Associação de futebol de Setúbal. Só para vos dar uma informaçãozinha útil.

03 abril 2007

"Ela acha o meu tractor sexualmente apelativo"

Para todos os amantes do tractorismo aqui fica uma pérola musical alusiva à sensualidade extrema do objecto que tanto amamos e também do tractor. Convosco Kenny Chesney com "She thinks my tractor is sexy"!!!

31 março 2007

O PNR lava mais branco


Só mesmo um mal intencionado pode dizer que este cartaz é de cariz fascista. Até disse "Façam boa viagem"!

26 março 2007

Dissertação sobre a acefalia

Todo e qualquer miúdo sonha um dia ser super-herói. Ou mesmo bibliotecário. Mas, o que estará por trás desta nossa obsessão de nos tornarmos em alguém que luta para salvar o mundo? O altruísmo? A preserverança? A sede de justiça? A demência?

Ninguém sabe realmente. A vastidão e complexidade do conceito "super-herói" acabam por se afigurar como um forte impedimento à real percepção deste fenómeno que em muito transcende a nossa capacidade de mandar bitaites, ou mesmo de dizer algo com interesse e nexo de forma articulada e concisa, interessante e apelativa ou mesmo gostosa sem no entanto cair em obscuras redundâncias. Porém uma coisa é certa: quem criou os super-heróis estava, como eu e o meu amiguinho azul felpudinho, com uma moca de ácidos incrível.

Vejamos. Nunca ninguém no seu perfeito juízo idealizaria para um gajo fixe uma combinação que incluía na mesma fatiota o uso de calças de lycra azuis e de cuecas vermelhas. São cores que não combinam. De um lado, um vermelho forte e aguerrido que dá sinais de se querer impôr. Do outro um azul acéfalo que, apesar de não se mostrar amorfo, não se procura destacar das demais tonalidades, parecendo sujeitar-se ao rumo que a cromia dominante lhe parece impôr. Não joga. Para além do mais nunca percebi por que razão procuraram os senhores Joe Shuster e Jerry Siegel sobrepôr à figura do gajo que veio de Krypton e que quer ser bonzinho a figura do Capitão Cuecas. Juro que não...

Outra das coisas que sempre me apoquentou foi a personagem da Storm, a senhora que tem como grande poder controlar o tempo. Primeira razão da minha inquietação: ela tem um super-poder foleiro. Lá me interessa se neva ou faz sol quando o mundo é ameaçado por vilões do calibre de um Magneto?! Segunda razão: Storm, tu não só tens poderes foleiros como és uma macaquinha de imitação. Toma mas é juízo e paga lá os direitos de autor ao São Pedro. É o mínimo...

Por último, gostava ainda de vos falar sobre o cúmulo dos cúmulos da estupidez dos super-heróis: o Daredevil. Há muitos maus: desde o gajo que quando se irrita adquire uma coloração verde ranho e fica burro, ao gajo que se intitula de Thor mas que anda com o chapéu do Asterix na cabeça, a lista é infindável. Mas uma coisa vos garanto: não há concepção mais estúpida que a do Daredevil. Comecemos pelas suas fraquezas. O Daredevil tem fraqueza a sinos. Cá está. Um super-herói tem fraqueza a quê? A sinos... muito bem! Logo aqui é um super-herói que levava na boca do Tareco ou do Noddy, na medida em que ambos usam guizos. Ninguém quer um gajo destes para nos defender, é certo. Quanto aos super-poderes nem se fala. "Ah, tenho os meus sentidos muito desenvolvidos!". "Ah, consigo construir uma imagem mental do que me rodeia através das simples ondas sonoras que capto!" Ok. Que o Daredevil é fixe já deu para perceber. Só gostava um dia de perceber qual a piada de criar um super-herói que, afinal de contas, é um sonar gigante...

11 março 2007

Golo de Jerrican mantém Sporting na luta pelo 2º lugar

Ontem, na flash interview dada à SporTv a seguir ao jogo do Estrela, Daúto Faquirá disse que a sua equipa perdera muito por causa das más marcações efectuadas às unidades móveis do Sporting. Não sei, mas na minha opinião, Daúto, és doidinho. Estavas à espera de jogar contra bidons?

04 março 2007

Deve ser de mim, mas ver coisas que não estão la é difícil

Alguém me explica porque é que o pessoal tenta ver o eclipse da lua? É que eclipse está definido como "desaparecimento aparente de um astro pela interposição de outro, entre ele e o observador ; ausência;".

01 março 2007

O facalhão - história de uma vida

Embora seja um instrumento consagrado no que toca a práticas relacionadas com o estropiamento de membros, a verdade é que o facalhão tem sido não raras vezes negligenciado pelas autoridades agrícolas deste país, que parecem não reconhecer o inegável contributo deste para a prática da apanha da laranja. Tratando-se este utensílio manual de um dos mais paradoxais instrumentos de trabalho que o ser humano tem ao seu dispor, parece-me não só justificável, como mesmo imperioso dar aqui, neste espaço por excelência de debate das questões agrárias, a visibilidade que este instrumento merece.
A criação do facalhão data dos tempos mais recônditos da nossa história e teve como criador D.Afonso Henriques. Tendo começado por desempenhar funções ao nível da manicure e pedicure a verdade é que o facalhão evoluiu, tendo vindo a desempenhar as mais variadas funções. Notabilizando-se na missão secreta empreendida pelo nosso grande rei D.Dinis, que visava tomar de assalto o Pinhal de Leiria aos Gambozinos, o facalhão veio posteriormente a ingressar numa carreira militar, onde foi distinguido com a Medalha de Mérito por serviços prestados à nação.
Embora profissionalmente bem-sucedido, o facalhão sempre denotou problemas do foro psiquiátrico, agravados pelo facto de lhe estarem vedadas todo o tipo de práticas sexuais que tanto prazer davam aos seus amigos. Com o tempo, e sem conseguir ultrapassar tal limitação, o facalhão começou a desenvolver práticas anti-sociais e a sua pendência para a misantropia agravou-se. Desintegrado da comunidade onde vivia o facalhão procurou a felicidade na comunhão com a Natureza, rompendo todo e qualquer contacto com qualquer ser humano e também com o Cláudio Ramos. Desta fase data a sua alcunha de "facalhão do mato".
Anos mais tarde conheceu um dos seus maiores amigos: Rambo. Rambo tornou-se no seu ombro amigo e confidente. A ele lhe confidenciava as suas agruras e tristezas e também as suas infelicidades, tal como os seus desgostos. Rambo compreendia-o e tentava proporcionar-lhe aquilo que a vida não trouxera ao facalhão. Assim, num belo dia, e num ataque de solidariedade e também de alguma parvoíce, decidiu proporcionar-lhe o prazer sexual que o facalhão nunca tivera. Assim nasceu a circuncisão. E dois nanosegundos depois a amputação dos órgãos reprodutivos masculinos.
Apartado de parte do seu precioso apêndice, Rambo, devastado, decidiu dar a sua vida por terminada. O facalhão nunca recuperou. Hoje, regressado à civilização, divide o seu tempo entre a argicultura e a sede da Ideal Casa onde, manietado por uma poderosa fada do lar se encontra subjugado, sendo obrigado a vender-se a troco de dinheiro.
Hoje assistimos a um final do facalhão algo decadente. Porém nunca esqueçamos aquilo que ele nos ensinou. Só assim viveremos o real espírito do facalhão. Só assim o facalhão continuará a viver em nós.

22 fevereiro 2007

Eh Marine - a revelação do cinema português

Bem, a pedido de um dos seus criadores, trago-vos hoje o portentoso vídeo "Eh Marine".
Com claras evidências surrealistas, este filme prima particularmente pela qualidade do seu argumento. Assumindo-se despreocupadamente como um autêntico tour de force, este filme quebra as convenções previamente estabelecidas e os cânones do cinema moderno. Falamos de um filme catárcico, que surpreende pela sua imprevisibilidade e pelo uso de objectos de alto valor simbólico, que traduzem e parecem partilhar da angústia de viver das personagens nele envolvidas.
De realçar a preocupação evidenciada com o guarda-roupa e com a banda sonora, bastante original, produzida propositadamente para o efeito. Gostaria ainda de destacar o magnífico desempenho dos actores aqui envolvidos que, apesar da sua juventude, evidenciam um grande profissionalismo e talento.
Amigos, este é o futuro do cinema erudito português.


20 fevereiro 2007

Mais um vencedor...

Acabo agora de receber um emílio do Aníbal Tremoço que me disse ter ganho o prémio das sequências, uma vez que era o único competidor. Para além de um link para um Fórum Gay sofri umas ameaças, mas nada de mais. Mas pronto, para evitar males maiores atribuo o prémio ao moço e está feito.
Deixo só os meus parabéns ao participante. Boa contribuição hein?
  • Aníbal, um abraço. Em chave alemã.

E os vencedores são...

Parece que já achámos os grandes vencedores do concuros de coments parvos. E assim o primeiro lugar vai para... o "Como me Quiserem Chamar" e para o "História de São Roque de Cima" que ficaram empatados no lugar cimeiro da tabela classificativa.

Aqui ficam os coments:

  • como me quiserem chamar
    Gosto muito pouco que me chamem Carlos Miguel, nomeadamente porque o meu nome é Carina Sofia e acho que mereço respeito. Quanto ao facto de o meu nome ser deveras constrangedor, proponho aqui a adopção da designação de Cátia Micaela para a minha pessoa, por forma a evitar os risos e a galhofa que se gera quando a minha mãe me chama para a mesa CARINA SOFIA! e o meu pai se ri até às lágrimas. Mas de resto, a vida corre-me bem.

  • História de São Roque de Cima
    Venho por este meio relatar o sucedido na minha terra, são roque de cima, entre rio bravença e toledo. o que sucedeu foi o seguinte. ia na estrada de terra castanha na minha famelzinha de mil nove e seis sete, quando nisto vem o senhor augusto das cabras, a passear os seus porcos que traziam ao colo umas ovelhas, e nisto ficámos num impasse extremo: ou ele passava e deixava todo o seu manancial de gado, ou eu ficava parado na berma, sendo depois alvo de chacota de toda a aldeida de são roque de cima, entre rio bravença e toledo. O velho augusto das cabras ainda tentou dizer "oh moço passa para a faixa de lá", mas eu, qual quê, até parece que a estrada é de todos queres ver! Nisto vem a moçoila mai bela de são roque de cima, entre rio bravença e toledo, a anita, 100 kilos de 1,40 de classe. Ela olhou para mim e disse: "Augusto das cabras queres ajuda com os teus porcos que levam ovelhas ao colo?". Sim era estrábica. E sim, tinha uma paixoneta pelo augusto. Num ataque de raiva, acelerei, indo bater com a minha famelzinha mesmo em cheio no augusto das cabras. Ficou uma lástima. A minha famelzinha claro, que era já velhota, de mil nove e seis sete. Mas houve uma das ovelhas que estava ao colo de um dos porcos do augusto das cabras que se assustou e foi-lhe bater mesmo em cheio, fazendo-o cair pela ravina. E é por isso agora me sinto um bocado estúpido. Porque aqui na terra de são roque de cima, entre rio bravença e toledo vigora a pena de morte e eu estou a gastar os meus últimos 5 minutos a contar esta história. É que se nao contasse aqui, diziam que ele tinha morrido engasgado em leite de cabra.Um abraço amigo do futuro falecido.

Agora se me permitem vou voltar a fechar a caixinha dos comentários. A todos os participantes um grande bem-hajas