Garagem do Amílcar

O blog do Amílcar Filhoses, o Profeta do Agrotuning

05 setembro 2007

Os gajos do jambé e parvoíces múltiplas

Tinha prometido a mim mesmo que não ia postar sobre a trapalhada dos transgénicos. Pelos vistos não adiantou de nada. Apenas adiou a minha posta.
Devo confessar. Adorei toda esta polémica sobre os transgénicos. Sou um aficcionado da histeria colectiva, que se há de fazer? De um lado os paranóicos que para marcarem posição se atiram ao milho biónico. Do outro gente tipo o Pacheco Pereira a inventar pesados insultos como "verdes-eufémios" nos seus blogs. Ora, tudo isto é muito bonito. Gritaria, ameaças e maçarocas pelo ar, enfim. Agora, essa não é a verdadeira questão.
Com isto do milho ceifado precocemente não se discutem realmente o que interessa. E o pessoal da blogosfera embarca. Ao Abrupto ainda dou o desconto, uma vez que tem o mérito de ter dado visibilidade aos Gato Fedorento. Agora aos outros... convenhamos...
Por isso vou hoje falar daquilo que todos têm ignorado: porque estão os (passe a expressão) "verde-eufémios" associados aos gajos do jambé. É isto que queremos saber. Como sabemos, o jambé é um instrumento que enferma de um grave problema. Não faz música. Faz barulho. E, apesar de estar associado a êxitos do caribe e do kizomba moderno, não deixa de ser altamente irritante. Para cúmulo, o consumo de massas elevou-o a baluarte de fixeza. "Vou para o Festival, Mikas. Levas o jambé?". É inevitável. Pitas + Festival de Verão = Chinfrineira dos diabos. E de quem é a culpa? Do jambé.
Se por um lado isto é irritante, por outro não deixa de ser incompreensível que associemos o jambé aos ecologistas que são contra a violência e contra a prepotência, mas que destroem milho porque não é de raça. (Isso do fazer mal é tudo uma desculpa, não venham com tretas. Mataram-no porque não tinham pedigree. E talvez porque foi o mais perto de fazer pirraça a alguém que já estiveram. "O que vamos fazer?" "Matar milho!") Por isso peço. Não os conotemos com o jambé. É parvinho. Eles nunca usariam aquilo. O tamborzinho tem pele de vaca! Já chega então? Boa.

Outra coisa que acho interessante é o facto de se defenderem a dizer que só deram cabo de 1 por cento da plantação do homem. Que foi um acto simbólico. Por isso perguntei ontem a um amigo meu, que defende a posição da Eufémia, se eu podia, num acto simbólico, destruir um por cento da casa dele. E ele respondeu que sim, que parte queria. Os alicerces, obviamente.