Garagem do Amílcar

O blog do Amílcar Filhoses, o Profeta do Agrotuning

10 julho 2006

Feira Popular

Hoje decidi ir à feira popular. Há que tempos que eu não me divertia tanto… dos carrinhos de choque ao salta-montes, bem, foi a loucura!!!
Sempre gostei muito destes eventos: putos com fraldas borradas, pais aos gritos com os filhos, musiquinhas de ir ao pêssego junto às diversões e o inigualável cheiro a frito. No entanto tenho reparado que estes locais andam pior frequentados . Eu, por exemplo, fui aos carrinhos de choque . Quando lá cheguei deparei-me com o temível gang dos carrinhos de choque. Todos ostentavam um belo chapéu, daqueles que devem ter sido comprados quando ainda tinham a tenra idade de dois anos. Neste momento não lhes assentam sequer na cabeça, mas, convenhamos, dão-lhes um estilo todo crazy frog! Eu acabo por compreender o facto de usarem chapéus da sua infância; aliás, já estive a consultar a secção de moda da Maria e parece que o estilo retro está muito em voga.
A verdade é que este pessoal é muita estranho! Eu não sei, mas devem ser presidentes da Junta de alguma aldeia assim importante. Impressionante a dedicação destes moços! Sempre agarrados ao celular e sempre a pedirem ao pessoal, especialmente ao que não conhecem, para mandar sms. A isto, meus amigos, chama-se dedicação! Por isto vos digo que, de hoje em diante, só votarei em candidatos que usem bonés destes. Tiveste sorte sr.Silva! (Não digam a ninguém, mas acho que o professor Marcelo já anda a tentar esta nova manobra de auto-promoção no ex-programa do Mundial da RTP, com o seu distinto chapéu do Quinas…)
Porém, o mais estranho neste pessoal é o facto de criarem inemizades nos carrinhos. O pessoal zanga-se por, vejam bem, lhes acertarem com a quermalheira do carro! Eu, por acaso, até pensava que era esse o objectivo daquilo, vejam bem! Eu acabo por compreender… deve ser o stress, porque, depois de um árduo dia de trabalho em cima ir apanhar com pessoal rude nas trombas não é pêra doce!
Mais lá para o final da noite resolvi experimentar uma daquelas diversões mais puxadotas. Devo dizer que quando olhei para a envergadura daquele monstro o meu coração fraquejou, a minha barriga encolheu-se e tomei consciência da minha insignificância. O “Fantástico Carrossel 8” foi sem dúvida o ponto alto daquela noite. Aí conheci a “Gigi”. Ajudou-me a ultrapassar os meus medos, deixou-me agarrar a ela e, quando já me preparava para tirar o cinto, apareceu, todo de negro, aquele que presumo ser o namorado dela, que não achou grande piada à brincadeira e lá me deu umas palmaditas para ver se ganhava juízo. No entanto nunca irei esquecer o seu exotismo, o seu longo pescoço, a sua pele, as suas listas amarelas e pretas.
Já de saída decidi tomar o pulso à qualidade das farturas. Cheguei às “Farturas da Tina” e vi lá algo que me deixou perturbado. Que ideia é essa de rechear farturas? O pessoal vai lá é para comer bocados de massa frita encharcada em açúcar! Não me parece que alguém queira comer algo com sabor semelhante a morango frito em óleo Fulham! É parvo, não pega!!! É a mesma coisa que comer torresmos de mentol!
Agora que faço uma introspecção de tudo o que vivi nesta noite, peço-vos para reflectirem comigo. Não acham que o Cavaco ficava mais favorecido com um bonezinho daqueles?