Garagem do Amílcar

O blog do Amílcar Filhoses, o Profeta do Agrotuning

28 agosto 2006

Furacão Ernesto

Já não nos bastava um chamado Daniela e ainda nos vêm com um Ernesto? O que virá a seguir? O furacão Floripes ou o Cacilda?

27 agosto 2006

Tuga: a raça esquecida de Hitler

Já muito se disse sobre Portugal e sobre as suas gentes. Alguns povos consideram este país como uma terra de "brandos costumes, de pacóvios simpáticos e simples", enquanto outros, por sua vez, defendem uma tese, especialmente apoiada pelos ingleses, de que somos um povo descendente de uma meretriz incerta, que esteve na génese da nossa raça, o Tuga. Até aqui tudo muito bonito, mas o que ainda ninguém esclareceu foi a nossa ligação com Hitler.
Hitler era bom moço. Como qualquer jovem houve um certo dia em que lhe deu para as patifarias, que, precisamente, o viriam a tornar conhecido. O que o público em geral sabe é que Hitler queria uma raça perfeita, à sua imagem: alto, atlético, loiro e sem problemas de gosma. Porém, o seu maior distintivo sempre fora o bigode, não incluído no pacote genético que adquirira para quitar os humanos por aí fora. Teria Hitler ignorado o chamamento do espanador frontespicial?
A resposta é obviamente não. Hitler já havia tentado um outro pacote, que decidira testar em certos habitantes deste país à beira-mar plantado. Ora sucede-se que a operadora que este tinha contactado, única distribuidora deste género de pack, deu o berro. Hitler vira-se assim num embróglio, pois já havia dispendido algum do caché disponível, sem resultados. Restava-lhe estudar se era ou não viável um investimento de maior envergadura. Assim, teve de se contentar em ver o desempenho dos cobaias, aleatoriamente seleccionados. Então, com um nó na garganta, Hitler baixou a cabeça e reflectiu. Quereria mesmo uma raça peluda que largava bufas a torto e a direito e que tinha como principal atributo uma sobrancelha para os lábios a governar o planeta? A resposta foi óbvia.
Apesar do investimento, Hitler nunca procurou que lhe devolvessem o material por ele fornecido. Foi um acto nobre, de facto, porém, quando vejo algumas moças questiono-me por que razão ele não o fizera.

20 agosto 2006

La Palice a presidente!

Hoje vi um comício qualquer do PSD na televisão. Parece que não tinha tanta piada como o último da JS. Também é compreensível, não é verdade? Afinal de contas a idade não perdoa e as borgas já pesam mais no pêlo. Porém, o que me leva a escrever este post é invariavelmente a frase que estava nos palanques dos laranjas.
Primeiramente devo dizer que é de extremo mau gosto porem uma frase nos "altares da oratória" que diga alguma coisa. Não é um "Por Portugal", nem nada que se pareça. Esta tinha realmente um verbo, ainda que pequeno, e ainda possuía algum cariz informativo.
Sem querer estar a desfazer no trabalho do génio que esteve por traz deste slogan, a verdade é que mais parece ter sido escrito por um funcionário do turismo do que por um publicitário. Já não chega uma pessoa estar horas e horas a ouvir uns trambolhos a falar para, ainda por cima ter de levar com aulas de Geografia avançada? Não meus meninos, isso não funciona assim! "O Algarve é uma região". Mas quem disse? Para mim o Algarve é muito mais! Reducionistas da treta...
Apesar de tudo, declaro que me considero disponível para elaborar os slogans dos próximos comícios. Já estou a pensar nuns "Coimbra é uma cidade", "Hoje é depois de ontem", ou ainda um "Amanhã é dois dias depois de ontem".

11 agosto 2006

Elementar, caro Aníbal

Há cerca de três semanas um amigo meu veio ter comigo a ver se me convencia a concorrer a um programa de rádio chamado "O meu blog dava um programa de rádio". Até aqui tudo bem. Como diria a vocalista dos The Gift, "desculpem a falsa modéstia, mas nós [eu e o Aníbal] merecíamos". Ora sucede-se que o meu amigo não sabia qual era a rádio emissora. Decidi portanto investigar; este era mais um caso para Amílcar.
Vinte de Agosto de dois mil e seis. Onze horas da noite, vinte e seis minutos e quatorze segundos, menos uma hora nos Açores. Astro escuro, vinte e quatro graus à sombra, humidade a sessenta por cento. Sinto-me o Pedro Abrunhosa. Dirijo-me ao rádio para fazer o que mais gosto: a busca pela onda certa, o tuning.
Após quatro horas decido ir dormir.
Vinte e um de Agosto de dois mil e seis. Meio-dia, trinta minutos e quarenta e cinco segundos, menos uma hora nos Açores. Céu limpo, pouco nebulado, humidade indefinida. Sinto-me novamente o Pedro Abrunhosa, pelo que convém resolver este caso hoje.
Começo a enumerar as rádios possíveis. São três: RFM, Rádio Renascença e Rádio Comercial.
Apesar de ser a mais provável, já que é a Rádio Frequência Modelada e, portanto, a mais indicada para este programa, pois parece estar enquadrada na Filosofia tuning, a hipótese RFM teve de ser descartada. Não me parece que já existissem blogs em 1992, altura em que a sede desta rádio foi atacada por um choque electromagnético inexplicável, provocando uma paragem no tempo, que persiste até aos nossos dias.
Restam duas estações. Começo a reflectir. Passam-se umas cinco horas. Já com uma fraquezazinha começo a desesperar. Já perto da loucura percebo que todo este caso fora super básico, tendo a resposta estado sempre à minha frente. Era óbvio que nunca poderia ser a Rádio Renascença, pois o meu amigo não era satânico e não acredito que alguma vez me incitasse a fazer parte de uma rádio tão gore. A rádio era a Comercial!
Hoje, passado já algum tempo após esta entusiasmante e interessante descoberta perguntam-me porque não concorri ao programa. A resposta é simples. O Amílcar não gosta de cenas underground.

10 agosto 2006

Água: o néctar da vida abstémia

Anda por este país fora algum pessoal com a mania de que tomar banho no rio é fino. Para além de este conceito ser um bocado parvo, uma vez que todos temos chuveiro em casa, podemos estar a compactuar com actos criminosos, sem de tal nos apercebermos.
A água dos rios é badalhoca por natureza. Ora aí vai um balde de tinta, ora aí vão umas ruffles de presunto, ora aí vai um trolha a emanar sebo da sua sedosa pele. Pessoal, aquela água é má para tomar banho. Para beber é pior ainda. Estamos perante uma água porca, mentirosa, criminosa e assim um bocado trabulona, já que nem sequer tem ondas, nem açúcar suficiente para ser qualificada como doce. Mas pensará o leitor que, se é criminosa, pode ser julgada. Puro engano. Estamos perante mais um escândalo judicial; estamos perante a àgua inimpotável!
Crê-se que a água do rio poderá estar envolvida em lavagens de dinheiro, homícidio qualificado, pirolitos e, ainda, ocultação de cadáver. Os nossos governantes precisam de abrir os olhos! Juntem-se ao movimento! Todos contra a água do rio! Todos!

Super Mário

Muito se tem falado acerca da nova contratação do Super Mário para o Beira-Mar, o simpático clube de Aveiro. Certos indivíduos têm dito que os dirigentes só podiam estar bêbedos quando o contrataram. Outros têm referido que o Marinho não é jogador suficientemente bom para aquele clube. Porém, para mim, a polémica não reside nestas trivialidades.
Passo a explicar. Tal como fizeram com o Ronaldo (não é o Ronaldinho; estou a falar de um que tem deformações dentárias) a imprensa tem criticado o voluptuoso corpo do nosso Jardas. Porém esquecem-se de uma coisa: o Super Mário não pode ser comparado ao Ronaldo.
A verdade reside toda neste ponto: se o Super Mário Jardel ficar mais magro é despromovido da Super Nintendo. Quem quererá depois um Luigi Jardel? Ele pode jogar mal, mas não o queiram ver a aspirar fantasmas com uma traquitana toda manhosa na Gamecube!