Garagem do Amílcar

O blog do Amílcar Filhoses, o Profeta do Agrotuning

22 setembro 2007

Eu perder. Tu perder. Ele perder. Azar. Topo Gigio ser trafulhas

Hoje, em entrevista ao Expresso, Marques Mendes e Menezes colocaram-se mais uma vez em frente a frente. Das coisas mais bonitas que li, tenho a destacar uma frase de Marques Mendes, em que se assume “apostado em fazer rupturas”.

Ora, isto de fazer rupturas tem muito que se lhe diga. Primeiramente porque há rupturas e rupturas. E também porque dá azo a muita parvoíce. Concerteza não fui o único a ver nesta frase potencial para uma piada em que se questione a orientação sexual de Mendes. Agora, se esta frase já dá para algum sururu, é porque não viram a de Menezes.

Menezes admitiu hoje: “não sei conjugar o verbo perder”. O que é capaz de vir a ter a sua piada daqui a uns dias, quando, depois das eleições, tiver de falar para os media, naquele dialecto a que tão bem nos habituou: o troglodita. Esta lacuna gramatical de Menezes poderá vir a ter repercussões na sua imagem. Diversos comentadores políticos adiantam já o nome tribal que Menezes irá adoptar. O que reúne maior consenso é até à altura “Shamã Menezes, Toupeira de Shangri-la”. Acredita-se também que poderá vir a substituir o Professor Bambo, uma vez que Menezes se especializou recentemente em maus olhados, amarrações e magias negras.

Se o doutor Menezes por acaso estiver a ler isto, permita-me só que lhe dê uma ajudinha para aprender como conjugar o verbo “perder”. Talvez seja mais fácil começar com o verbo “respeitar”. Cá vai:

Eu respeito os direitos de autor

Tu respeitas os direitos de autor

Ele respeita os direitos de autor

Nós respeitamos os direitos de autor

Vós respeitais os direitos de autor

Eles respeitam os direitos de autor

Amanhã se tiver tempo passo por cá para o ajudar com o verbo “plagiar”.

21 setembro 2007

Find McCain

Embora isto da Maddie seja um caso interessante, quer do ponto de vista da atitude dos media perante o caso, quer pelo caso propriamente dito, a verdade é que já começa a saturar. E todo o circo mediático à volta daquilo já me faz trepar pelas paredes enquanto canto êxitos da colectânea de Caribe de 1998. Para cúmulo no outro dia decidi trazer umas batatas pré-fritas novas cá para casa.
O chato da situação é que agora, memso com um "i" de diferença nos nomes, sempre que me falam no caso da pequena McCann eu lembro-me de um bárbaro rapto executado por um estranho vilão, que anseia destruir uma família de batatas-pré-fritas de classe média, que se encontrava a passar férias cá em Portugal. E depois acabo por me emocionar, não é? É que isto é como ver o Nuno Eiró na televisão! Um pesadelo!
Quem faria isto a uma pequena batatinha? Quem? E onde andam os cães pisteiros? De certeza que já descongelaram a menina e a mandaram para o Reino das Caçadas Eternas!

Por isso imploro. Tragam a amarelinha de volta. Estão dois extemosos pais, que deixam os filhos com menos de seis anos e problemas para adormecer sozinhos em casa, enquanto vão jantar, sim?



p.s. - Talvez me tenha esticado com esta. Há coisas com que não se faz humor. Com a comida não se brinca...

10 setembro 2007

Quando contratarem um advogado, catalogado como "do diabo", confirmem se isso é ou não uma brincadeira...

Como se sabe, foi dito que o sangue que se encontrava no carro dos McCann pertencia a Maddie. A família para se defender já contratou o advogado que defendeu Pinochet. Para se defender, a família alegou também que Maddie se tinha aleijado na viagem. Só uma pergunta: é hábito em Inglaterra fazer viagens na bagageira?

09 setembro 2007

A tradição do 1º salário

Uma das coisas que mais me fascina, para além da crise do sector das furgonetas no Mali, é a tradição do primeiro salário. É que esta tradição é particularmente demente. Há os touros de morte, em que se matam touros por diversão. Há o banho do ano em que o pessoal vai no primeiro dia do ano tomar uma banhoca no mar. E há esta tradição que consiste em fazer gastos desnecessários e supérfluos, numa altura em que ainda não temos propriamente liberdade financeira para fazer as ditas “maluquices”.

Nunca cheguei muito bem a perceber a ideia de tudo isto. Esta atitude é tão inteligente como oferecer a alguém que foi operado ao ombro um jogo de dardos como prenda de melhoras. Está bem, é uma tradição, já entendi. Mas não deixa de ser estúpida por isso, ou deixa? Acompanhem o meu pensamento. Uma pessoa recebe o seu primeiro salário e pensa: “Olha, giro era mandar o salário para o galheiro e comprar um relógio que me dure a vida toda. Pelo sim pelo não, compra-se já o bicho e fica arrumado para o resto da vida. É como os crucifixos de ouro, mas sem o gadelhas ao pendurão.” Não faz sentido! Tudo isto para quê? Para poder dizer aos netos “Olha, vês este relógio aqui? Comprei-o com o meu primeiro salário. Para me recordar dos tempos em que era explorado”.

O problema nem é o relógio em si. É bem pior quando se emprega o primeiro salário em louceiros ou em trens de cozinha, variantes bem mais sinistras, diga-se de passagem. É o conceito. Quem terá inventado isto? De certeza que foi o mesmo gajo que se lembrou de associar ovos de chocolate à Páscoa. “Então, Páscoa… Páscoa, Páscoa… temos o Jesus que falece e depois diz que era a fingir. Temos um coelho que aprece não se sabe bem de onde… cá está. Coelho, ovo… de chocolate”.

É um facto: aceitamos tudo o que é tradição. Se alguém disser “Lá na minha aldeia tem-se por hábito comer bocadinhos de excremento de porco todas as últimas quintas de cada mês” é óbvio que vamos comentar que aquilo é no mínimo sinistro. Mas, se dissermos “Lá na minha aldeia é tradição comer bocadinhos de excremento de porco todas as últimas quintas de cada mês” o que vamos ouvir são comentários de “Ah, que giro, tão pitoresco. Temos de lá ir, Judite”.

Por isso apelo. Não se deixem levar por tudo o que é tradição. Está bem que não podemos ignorar o passado. Está bem que as tradições são estruturantes numa sociedade. Que sem elas não temos real identidade. Mas expliquem-me. Com estas tradições, para onde vamos nós?

08 setembro 2007

Ui, coisas diversas...

Lá para os lados da Grécia houve uns problemas com a meteorologia. Primeiro foi a maçada dos incêndios. Depois a chatice das inundações. Bem, aquilo está que não se pode.
O mais comum dos leitores está a esta hora a pensar: “maldito buraco na camada do ozono. Maldito. Se pudesse fazia já aqui o senhor Bush ratificar o Protocolo de Quioto. Esse bandido e outros.” A esses peço desde já que não sejais hipócritas. Garanto-vos: é muito mais aceitável deixar as fábricas dos Estados Unidos, coitadinhas, produzir caquinha do que gastar energia a ler coisas como “o piruças é homossexual” e “gosto muito é de sandes de trabulo”, frases que aliás escrevo com o intuito diabólico de levar o mundo à ruína, provocando gastos desnecessários de electricidade.
Se o leitor já aqui chegou, endosso desde já um sentido coração pelo seu total desrespeito pelo meio ambiente. Se for senhora considere ainda o tapinha. Não vá eu entrar em loucuras. Feitos o cumprimento e o aviso gostaria de chegar finalmente às duas linhas com algum conteúdo deste post. Tudo isto a que assistimos é obra de Zeus. Como é sabido, Zeus é o sócio 23 do AEK. Neste sentido, e perante a chibatada psicológica (chibatada não soa tão bem, mas tem o mérito de ser mais gráfico que chicotada, que pode mesmo ser interpretada mais numa de Sado-maso que numa de violência. Assim não há dúvidas. Quero mesmo dizer que apanhou das grandes) do Fernando Santos, o deus grego decidiu-se a provocar catástrofes várias. Só para que não haja qualquer hipótese de ele querer ir para o Peloponeso.
Como diz o ditado: “para grandes males, grandes remédios”.

Pronto, era só isto. Já acabou.

05 setembro 2007

Os gajos do jambé e parvoíces múltiplas

Tinha prometido a mim mesmo que não ia postar sobre a trapalhada dos transgénicos. Pelos vistos não adiantou de nada. Apenas adiou a minha posta.
Devo confessar. Adorei toda esta polémica sobre os transgénicos. Sou um aficcionado da histeria colectiva, que se há de fazer? De um lado os paranóicos que para marcarem posição se atiram ao milho biónico. Do outro gente tipo o Pacheco Pereira a inventar pesados insultos como "verdes-eufémios" nos seus blogs. Ora, tudo isto é muito bonito. Gritaria, ameaças e maçarocas pelo ar, enfim. Agora, essa não é a verdadeira questão.
Com isto do milho ceifado precocemente não se discutem realmente o que interessa. E o pessoal da blogosfera embarca. Ao Abrupto ainda dou o desconto, uma vez que tem o mérito de ter dado visibilidade aos Gato Fedorento. Agora aos outros... convenhamos...
Por isso vou hoje falar daquilo que todos têm ignorado: porque estão os (passe a expressão) "verde-eufémios" associados aos gajos do jambé. É isto que queremos saber. Como sabemos, o jambé é um instrumento que enferma de um grave problema. Não faz música. Faz barulho. E, apesar de estar associado a êxitos do caribe e do kizomba moderno, não deixa de ser altamente irritante. Para cúmulo, o consumo de massas elevou-o a baluarte de fixeza. "Vou para o Festival, Mikas. Levas o jambé?". É inevitável. Pitas + Festival de Verão = Chinfrineira dos diabos. E de quem é a culpa? Do jambé.
Se por um lado isto é irritante, por outro não deixa de ser incompreensível que associemos o jambé aos ecologistas que são contra a violência e contra a prepotência, mas que destroem milho porque não é de raça. (Isso do fazer mal é tudo uma desculpa, não venham com tretas. Mataram-no porque não tinham pedigree. E talvez porque foi o mais perto de fazer pirraça a alguém que já estiveram. "O que vamos fazer?" "Matar milho!") Por isso peço. Não os conotemos com o jambé. É parvinho. Eles nunca usariam aquilo. O tamborzinho tem pele de vaca! Já chega então? Boa.

Outra coisa que acho interessante é o facto de se defenderem a dizer que só deram cabo de 1 por cento da plantação do homem. Que foi um acto simbólico. Por isso perguntei ontem a um amigo meu, que defende a posição da Eufémia, se eu podia, num acto simbólico, destruir um por cento da casa dele. E ele respondeu que sim, que parte queria. Os alicerces, obviamente.

04 setembro 2007

Mimosa dos Prazeres, BI número 2837499

Segundo uma notícia do metro nº59, "as vacas das regiões entre a India e o Bangladesh vão passara ter Bilhete de Identidade (...) Para cumprir este projecto-piloto, milhares de agricultores estão a fazer bicha com os seus animais à porta dos fotógrafos locais".
Ora, toda esta questão do BI das vacas me desperta uma grande curiosidade. Qual foi a ideia do pessoal? Daqui a pouco até as chinchilas têm BI! E como vão eles ver se a vaca corresponde ou não ao BI? A única coisa em que elas se distinguem é na cor! Não deixa de ser bizarro para mim que continuem a investir nas fotos tipo-passe para elas. Invistamos numa de corpo-inteiro! Assim como assim, se é para ser pioneiro não há que haver mariquices.

Se tudo isto já enferma de elevado grau de demência, imaginemos agora um diálogo na loja do Cidadão, ou lá onde aquilo se tira:

Senhora - Número 57!

Agricultor - Ora boa tarde.

Senhora - Boa tarde. Diga...

Agricultor - Ora, eu vinha aqui tirar o BI para a minha Lolita.

Senhora - É a primeira vez?

Agricultor - É sim, minha senhora.

Senhora - Então advirto-o já que vai demorar mais um pouquinho, sim? É como dizem... a primeira vez é sempre mais complicada!

Agricultor - ...

Senhora - Bem, filiação.

Agricultor - Filha de Mimosa e de pai desconhecido.

Senhora - Desculpe?

Agricultor - Sim. Fugiu mal soube que a minha Mimosa estava grávida...

Senhora - Também não é de admirar. Não é muito habitual que as árvores engravidem!

Agricultor - ...

Senhora - Então... Mimosa e pai a monte, certo?

Agricultor - Certo.

Senhora - Nacionalidade?

Agricultor - Tem dupla nacionalidade. É indiana e dinamarquesa.

Senhora - Tudo bem... naturalidade?

Agricultor - Isso agora... diga que nasceu numa ambulância, que não sei bem ao certo.

Senhora - Vamos ver... já está... E data de nascimento?

Agricultor - 21/09/94

Senhora - Hmmm... a sua Lolita não tem essa idade...

Agricultor - Sabe, nós vivemos longe. Ela veio de bicicleta registar-se...

Senhora - E o nome é Lolita?

Agricultor - Sim, sim.

Senhora - Estou aqui a ver um problema... Lolita não está na nossa lista de nomes aceites.

Agricultor - Que maçada. Que nomes tem aí então?

Senhora - Cátia Vanessa. Carina Sofia...

Agricultor - Pode ser esse. Ande vá...

Senhora - E para assinar?

Agricultor - Isso é que já é mais difícil que ela só escreve a computador.

Senhora - Pronto, seja...

Agricultor - Assina aqui à senhora vá...

Senhora - gtgsejv, então?

Agricultor - Sim, correcto.

Senhora - Pronto, é só pôr aqui a patinha para a impressão digital e pode ir...

Agricultor - Linda menina!

Senhora - Pronto, agora é só vir cá daqui a uma semana com este papel para levantar o cartão, sim?

Agricultor - Pronto, muito obrigado.

Senhora - De nada, ora essa.

Agricultor - Anda, Lolita. Anda...

03 setembro 2007

Ora toca a assinar a petição

"É altura de mudar, estamos todos fartos de ouvir UHF no Estádio da Luz, há mais artistas a cantar, e bem, sobre o Benfica, é hora de lhes dar uma oportunidade. Por isso peço a todos os Benfiquistas e não só que divulguem esta petição por fóruns e blogs para que mais uma vez uma petição iniciada pelo Portal Pimba tenha sucesso. Já conseguimos levar o Leonel às festas académicas, conseguiremos levarAmadeu e Nel Monteiro (que tb está na petição) ao estádio da luz??? Está nas vossas mãos!"

in Portal Pimba

Bershka, contentores, cebolas e tractores

Desde a saída de Fernando Santos o Benfica parece ter embarcado numa de despesismos. Deu-lhes numa de adolescente histérica. Foram à loja de jogadores correspondente à Bershka e pumbas. Aquilo é que foi investir. Olha mais um Lulu! Mete no carrinho, Camacho!
Assim foi a política de compras do Benfica de Camacho. Não estou aqui a alvitrar sobre a qualidade dos jogadores. Não estou necessariamente a dizer que são tipo as camisolas que encolhem nas primeiras lavagens. Aliás, só se comete esse erro uma vez. Desde o Leo que mudaram de fornecedor. Agora o que me preocupa são as alcunhas deles. Por exemplo, do novo contentor dali da América vieram o Cebola e o Tractor. Por mais que joguem ninguém os leva a sério! "Ah, sou o Cebola porque faço os meus adversários chorar com as minhas fintas". Meu, vais jogar contra o Bruno Alves... contra o Tonel... contra o Ávalos... assim só por curiosidade, quem te parece ir chorar aquando da revienga? O outro pode ser Tractor, mas estes são verdadeiros bulldozers!
Outra coisa que me choca é a extrema fealdade do Tractor. Como é do conhecimento geral, o tractor é um veículo que se destingue pela volúpia, pela beleza. Pela sensualidade! A força é só um adereço. Fiquei chocado quando o vi em campo! Estava eu à espera de um modelo e sai-me aquele Zé Bostas. Será o tractor assim tão desprezado por esta sociedade? Terá porventura aquele gajo tracção às quatro que justifique tão grandioso epíteto?
Fica a pergunta...

02 setembro 2007

Família Superstar - a nova bomba de Carnaxide

Estreou hoje a nova aposta da Sic para a rentré. Apresentado pela Barbara Guimarães e pelo Nuno Eiró, este audacioso programa tem, para mim, tudo para ser o novo sucesso da estação de Carnaxide. Nunca se tinha ido tão longe. Nunca se tinha voado tão alto. Hoje fez-se História em Portugal. Mais um passo em frente para a História Mundial.
Quando no intervalo do Benfica passei os olhos por este programa houve logo algo que me prendeu a atenção. Nuno Eiró de seu nome, tertuliano de profissão. Vi, de facto, sopeiras e trogloditas, mas de Fátima nem sinal. Que dimensão seria aquela? Onde estava o Cláudio Ramos? E a taróloga/relações públicas/comentadora social do jet-set? E o Donaldin? O DONALDIN? QUE RAIO ERA FEITO DO DONALDIN? Subitamente, o plano mudou. Os Anjos apareceram. Afinal tudo não passara de um falso alarme... estávamos seguros.
Foi quando olhei para o Nelson que percebi que aquele não poderia ser o programa da Fati. Entrei em pânico. Estava, obviamente, a hiper-ventilar. Afinal o Família Superstar vir-se-ia a revelar um programa ao nível do de Fati. Senão vejamos. Há um gajo altamente efiminado à mesma. Não falamos de um efiminado qualquer. Estamos perante um efiminado de nível mundial, com tiques e trejeitos altamente irritantes e estridentes. Temos a Bárbara Guimarães, o que só por si já é outro ponto a favor. Temos o rigor e a isenção jornalística. Não é o Mário Crespo, é certo, (indisponível em cruzada contra os gajos do jambé que guerrilham contra o jugo opressivo das maçarocas biónicas) mas também tem muita qualidade. E, em substituição da Árvore das Patacas, temos choradeira e doses aviltantes de parvoíce.
Agora, o que há de realmente inovador neste programa é o seu conceito. O Família Superstar é um programa de entretenimento que procura membros de uma mesma família com dotes artísticos acima da média. À partida, isto seria tipo Ídolos. Porém, este programa vai mais longe. Desta vez temos a oportunidade de humilhar duas pessoas ao mesmo tempo! Melhor que porrada! É por isso que eu digo. A partir daqui, o céu é o limite.